A primeira linha de produção de pensos higiénicos em Portugal vai começar a laborar em junho, em Viana do Castelo, num investimento de 17, 3 milhões de euros e vai criar mais de 50 novos postos de trabalho. O proprietário do grupo Ghost, Nuno Ribeiro, explica que a nova máquina vai ser instalada na fábrica da Nunex, uma das três do grupo, para “produzir, por dia, dois milhões de unidades, desde aqueles artigos de higiene feminina, a resguardos para camas e para animais”.
Nuno Ribeiro sublinhou que a Nunex foi a primeira empresa a iniciar em Portugal a produção de fraldas para crianças, fabricando por ano 500 milhões de unidades.
A nova linha destinada ao público feminino integra um investimento global de mais de 60 milhões de euros, comparticipados em 50% por fundos comunitários do Norte 2020. Aquele montante vai ser aplicado nas três fábricas do grupo e permitirá “a criação de mais de uma centena de novos postos de trabalho”.
Além daquela nova unidade, o grupo, instalado há 20 anos na zona industrial do Neiva, e que se dedica à transformação de papel, vai investir, até setembro, cerca de 18,4 milhões de euros na Fortissue para aumentar a capacidade produtiva. Aquela fábrica, que já produz dois mil metros quadrados de papel e cartão, passará a produzir 100 mil metros quadrados daquela matéria prima para as restantes fábricas do grupo.
Na Suavecel, o investimento de 25 milhões de euros será também aplicado até setembro e visa “aumentar o número de linhas de produção, a otimização, inovação do produto e quota de exportação, conquistando novos mercados”.
Atualmente são produzidos, por dia, quatro milhões de rolos de papel higiénico, 20 milhões de guardanapos e 1,5 milhões de rolos de cozinha.
Segundo dados avançados pelo empresário, cerca de 90% da produção destina-se a exportação. Além de marcas próprias, fornece ainda produtos de marca branca para todas as grandes cadeias nacionais de distribuição de Espanha, França, Noruega, África, América Latina e China.
As três fábricas do grupo (classificadas como projeto de Potencial Interesse Nacional-PIN), empregam 230 trabalhadores. Em 2016, o volume de negócios foi de 70 milhões de euros. A previsão da faturação em 2017, após a conclusão dos novos projetos, é superior a 100 milhões de euros.

