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O governo grego anunciou um novo conjunto de regulamentos para as promoções e descontos praticados pelos supermercados, com o objetivo de proteger os consumidores e garantir maior transparência nos preços.
As medidas, que já entraram em vigor, são uma resposta às preocupações crescentes sobre a inflação alimentar e a necessidade de regulamentação mais rigorosa no sector do retalho.
Principais mudanças
A nova legislação, aprovada pelo Ministério do Desenvolvimento da Grécia, estabelece diretrizes específicas para a comunicação de promoções e descontos nos supermercados. Entre as principais medidas destaca-se a obrigatoriedade de preços de referência claros, com as cadeias de supermercados a deverem indicar de forma explícita o preço original de um produto antes da aplicação de qualquer desconto. O objetivo é evitar práticas enganosas que levem os consumidores a pensar que estão a obter maiores reduções do que realmente acontece.
Passa também a haver um limite para descontos sucessivos. Um mesmo produto não pode ser sujeito a promoções consecutivas sem um intervalo mínimo definido pelo regulador, impedindo práticas de manipulação de preços.
As autoridades gregas irão ainda reforçar as inspeções nos pontos de venda para garantir o cumprimento das novas regras, com multas significativas para infratores.
Impacto no sector do retalho
A implementação destas regras surge num contexto de inflação persistente, especialmente nos produtos alimentares, que registaram aumentos de preços expressivos nos últimos anos. As novas medidas pretendem proteger os consumidores contra falsas promoções, mas também aumentar a confiança no sector do retalho.
Os supermercados terão de rever as suas estratégias promocionais e adaptar os seus sistemas de preços e comunicação ao consumidor. Algumas redes já manifestaram preocupações sobre a maior carga administrativa e a possível redução na flexibilidade das campanhas promocionais. Enquanto algumas associações de consumidores elogiaram a iniciativa do governo por reforçar a transparência nos preços, representantes do sector do retalho alertam para possíveis impactos na competitividade das empresas. Supermercados de menor dimensão podem ter mais dificuldades em adaptar-se às novas exigências, especialmente aqueles que dependem fortemente de promoções para atrair clientes.
Por outro lado, especialistas em economia do consumo apontam que, a longo prazo, estas medidas poderão levar a um modelo de preços mais estáveis e previsíveis, beneficiando tanto os consumidores como os retalhistas que trabalham com políticas de preços mais consistentes.
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