Gastos em bens de grande consumo com a maior subida do ano

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Os gastos em bens de grande consumo continuam a subir, tendo registado, na quadrissemana 25 a 28, correspondente ao período de 20 de junho a 17 de julho, um crescimento de 12,9%, o maior desde o início do ano.

De acordo com os dados da NielsenIQ, desde janeiro, os gastos atingiram os 5.987 milhões de euros, o que representa uma subida de 5,8% face ao homólogo. Em 2021, neste mesmo período, o crescimento era de 2,5%.

Só em julho, as famílias gastaram mais 12,9% em bens de grande consumo. É a maior subida do ano.

 

MDD crescem a 2 dígitos

Em julho, o crescimento de 12,9% foi registado sobre um período homólogo que, por sua vez, tinha tido uma evolução pouco significativa, de 0,7%. Com a inflação a atingir os 9,1%, os dados da NielsenIQ dão conta de que os consumidores compram cada vez mais marcas de distribuição. Estas apresentaram um crescimento de 22,1%, que compara com o de 7,5% das marcas de fabricante.

Esta dinâmica foi ainda mais notória na categoria da alimentação, que na quadrissemana em análise cresceu 14,5%. Aqui, as marcas da distribuição evoluíram 23,4%, enquanto as marcas de fabricante apenas 7,4%. Assim como na higiene do lar, categoria que aumentou 6,4% em julho e onde as marcas de distribuição cresceram 18,2%, bem acima dos 0,4% das marcas de fabricante. Na higiene pessoal, por sua vez, o registo foi também positivo, cerca de 9,2%, com as MDD (17,7%) a crescerem igualmente bem acima das marcas de fabricante (5,8%). Apenas na categoria de bebidas a evolução foi mais equilibrada entre marcas de distribuição e marcas de fabricante, com respetivamente 19,2% e 11,3%. No total, esta categoria aumentou 12,8%, em julho.

 

Quota da MDD a subir

No acumulado do ano, a marca própria regista uma quota em valor de 38,9%, acima dos 36,4% alcançados no homólogo de 2021. Na alimentação, a quota da MDD é já de 45,4% (versus os 42% do ano passado). Mas mesmo nas bebidas, categoria onde os consumidores são, por natureza, mais marquistas, as MDD viram a sua quota aumentar dos 18,8% de 2021 para os 20% de 2022. Na higiene, ascende a 32,8% (versus os 30,7% de 2021).

De um modo geral, todas as principais categorias de produto analisadas pela NielsenIQ evoluíram favoravelmente face ao período homólogo do ano passado, com exceção das bebidas alcoólicas, que contraíram 3%. Em contrapartida, as bebidas não alcoólicas destacaram-se com um crescimento de 12%. Os gastos em mercearia cresceram 8%, nos lacticínios e na higiene pessoal 7%, na higiene do lar 3% e nos congelados 2%.

Em termos de canais, a grande perda está a ser observada ao nível dos livre serviços, que perdem 1,8% face ao homólogo de 2021. No reverso da medalha, destaca-se o crescimento de 7,2% dos super pequenos e de 6,9% dos hipermercados.

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