Em apenas quatro anos, a Garland Logística aumentou de seis mil metros quadrados para 20.400 metros quadrados a área dedicada à logística de e-commerce, transformando-se num dos principais “players” nacionais no negócio.
A aposta na expansão de infraestruturas dedicadas à atividade de e-commerce acompanha o crescimento do volume de negócios que a empresa regista nesta atividade. Em 2019, a Garland Logística faturou mais 85% relativos a operações de comércio eletrónico face ao ano anterior.
Atualmente, a Garland dispõe de 6.400 metros quadrados no centro logístico em Cascais, mil metros quadrados nos dois centros logísticos em Aveiro, 12 mil metros quadrados em ambos os centros logísticos instalados na Maia e mil metros quadrados em Vila Nova de Gaia dedicados à logística de e-commerce.
Com uma carteira de clientes em que predominam marcas líderes em moda, entre as quais a Farfetch (desde 2017), a pandemia causada pela propagação do novo coronavírus veio diversificar os sectores de atividade a que a Garland presta serviços de comércio eletrónico, passando a integrar também marcas da área alimentar. Desde que se registou o primeiro caso de Covid-19 em Portugal, em março, a Garland Logística viu o número de expedições diárias aumentar em cerca de 50% face a período homólogo do ano passado.
E-commerce
A pandemia de Covid-19 tem vindo a revolucionar a forma como as pessoas vivem e se relacionam. Um dos sinais mais evidentes é o forte crescimento do número de novos utilizadores dos canais digitais, consequência do confinamento e das restrições de deslocação. Segundo um estudo da Group M realizado em meados de abril, a pandemia também gerou um crescimento do e-commerce entre 40% e 60% face aos valores de 2019, nalgumas categorias relevantes como o retalho alimentar em Portugal.
Adicionalmente, a Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS) anunciou que o valor médio das compras online aumentou aproximadamente 18% ao longo do período de estado de emergência. São dados que confirmam alterações nos hábitos de consumo dos portugueses que se prevê que tenham vindo para ficar mesmo depois da crise sanitária que vivemos.
Novo centro logístico no Norte
Apesar de, desde sempre, prestar serviços pontuais relacionadas com comércio eletrónico a alguns dos seus clientes, foi em 2016 que a Garland Logística decidiu entrar definitivamente neste negócio. Para tal, ampliou parte do centro logístico da Maia II. Arrancou, então, com uma área de seis mil metros quadrados exclusivamente dedicada à nova atividade. Com um crescimento de 240% no espaço destinado ao e-commerce, desde então, 98% já está ocupado, havendo, no entanto, capacidade para aumentar a área, convertendo racks em mezzanines nos centros logísticos atuais.
Mesmo assim, e antecipando o enorme crescimento que o comércio eletrónico terá no futuro, a Garland Logística viu já “aprovados investimentos significativos, estando projetada para breve a abertura de um novo centro logístico na zona Norte de Portugal”, como informa Ricardo Sousa Costa, administrador do Grupo Garland, responsável pelo negócio da logística. “A nossa estratégia de expansão passa por apostarmos cada vez mais neste sector da atividade logística, que tem tido, e virá a ter ainda mais no futuro, uma procura crescente”, antevê o responsável. “A nossa forte aposta nos serviços logísticos de apoio ao e-commerce é bastante anterior à pandemia. No entanto, o presente ‘boom’ da procura só vem reforçar como foi acertada a visão da Garland quando há quatro anos decidiu focar-se nesta atividade”.