in

Federações europeias da restauração e do alojamento defendem aplicação generalizada da taxa reduzida de IVA

HOTREC, FoodDrink Europe e FoodService Europe juntam-se para reclamar descida generalizada do IVA nos serviços de alimentação e bebidas

Foto Shutterstock

Assegurar um ambiente seguro para os cidadãos e garantir que o sector da restauração consegue resistir a uma crise sem precedentes são as principais justificações para que as federações europeias da área da hospitalidade (restauração, alojamento e similares) defendam uma descida generalizada do IVA em todo a Europa.

Segundo um Position Papper assinado pelas três entidades, “as taxas reduzidas do IVA para o setor da hospitalidade e da restauração coletiva trarão benefícios imediatos às empresas e aos consumidores”. As associações, que representam mais de 18 milhões de trabalhadores no continente europeu, consideram que uma iniciativa deste tipo pode fazer a diferença entre a sobrevivência e o encerramento de milhares de estabelecimentos nos próximos meses e apelam à União Europeia para encorajar cada um dos Estados-membro a aplicar a taxa reduzida de IVA a estas atividades económicas.

Sendo a redução de taxas de IVA da exclusiva responsabilidade de cada país, as entidades indicam que a União Europeia já disponibiliza uma possibilidade legal para assegurar este decréscimo, que tem como base a diretiva do IVA de 2006.

 

Descidas já efetuadas

Para enfrentar a crise gerada pela Covid-19, países como a Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, República Checa, Grécia, Reino Unido ou Noruega já optaram por descer o IVA.

Em Portugal, a AHRESP tem vindo a defender esta medida, ou seja, a aplicação temporária, pelo período de um ano, da taxa reduzida de IVA a todos os serviços de alimentação e bebidas e a sua integração no Orçamento de Estado para 2021, que está neste momento a ser debatido.

Recentemente, a AHRESP apresentou um estudo de impacto sobre a aplicação desta medida, que ajudaria a manter até 46 mil postos de trabalho e 10 mil empresas.

Como argumentos apresentados pelo Position Paper, as federações europeias apresentam diversos “case-studies” de sucesso das descidas do IVA para fazer face a crises. Em França, a medida de taxa reduzida do IVA na restauração foi tomada em sequência da crise financeira de 2008 e contribuiu para que o número de insolvências caísse 17% e se salvassem 18 mil empresas e mais de 30 mil empregos. Na Alemanha, em 2016, seis anos depois de uma redução de 19 para 7% no sector do alojamento turístico, estimou-se que perto de 47 mil empresas tenham sido criadas.

Por último, “uma medida desta amplitude a nível europeu significaria ainda uma redução do crescente ‘VAT Gap’ na Europa e ajudaria a combater as falências, insolvências e fuga aos impostos. Tendo em conta que a maioria dos fornecedores dos serviços de restauração e alojamento são, na sua maioria, europeus, uma medida deste tipo teria também um forte impacto no bom funcionamento do mercado interno da União Europeia”, pode ler-se no comunicado.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

Dory Tinto 2019

10 anos do tinto atlântico da AdegaMãe

Lidl Famalicão

Lidl inaugura nova loja em Vila Nova de Famalicão