A DS Smith está a celebrar o 50.º aniversário da sua fábrica de papel kraft em Viana do Castelo. Este é um marco histórico para a empresa, que, em abril de 2023, anunciou um pacote plurianual, equipando-a com algumas das mais avançadas tecnologias de fabrico de papel e ajudando a reduzir as emissões de CO2 em 10 mil toneladas por ano.
A fábrica de Viana do Castelo começou a ser construída em 1971, mas a operação contínua só arrancou em janeiro de 1974. Em 1976, foi nacionalizada, situação que se manteve até ao ano 2000, altura em que foi reprivatizada e adquirida pela Europac.
Após um plano de modernização, que lhe permitiu diversificar os seus produtos, entrar no mercado da produção de energia e apostar no papel para reciclar como fonte importante de matéria-prima, a unidade reforçou a sua posição como uma das fábricas de papel kraftliner mais eficientes da Europa. É, atualmente, o maior reciclador nacional de papel.
Em 2019, o Grupo DS Smith adquiriu o Grupo Europac por 1,9 mil milhões de euros e, por arrastamento, a fábrica de papel de Viana do Castelo.
Modernização
Atualmente, a fábrica está a beneficiar de um processo de modernização, que tem como objetivo equipá-la com algumas das mais avançadas tecnologias de fabrico de papel, assegurando uma operação mais sustentável e amiga do ambiente. Este processo deve-se a um investimento, anunciado em 2023, de 145 milhões de euros, o maior investimento financeiro da DS Smith em Portugal até à data e também o maior investimento na história da fábrica. Mário Amaral, diretor fabril daquela unidade, sublinha que “a fábrica está a preparar o futuro, para encarar com tranquilidade os próximos 50 anos”.
Com a primeira fase concluída em outubro do ano passado, o programa de desenvolvimento continua a decorrer. “O projeto encontra-se em velocidade cruzeiro, sendo que a primeira fase consistiu na remodelação das prensas da máquina de papel, um equipamento que já estava a causar estrangulamentos à produção, e no reforço de equipamentos chave, visando a melhoria da eficiência energética e a diminuição dos impactos ambientais. A segunda fase constitui a substituição da caldeira de recuperação, que está em curso e cuja conclusão está prevista para maio de 2025”. A nova caldeira topo de gama irá contribuir para aumentar a eficiência da linha de produção de pasta virgem.
Contributo para a balança comercial
A fábrica de Viana do Castelo é uma referência na indústria portuguesa do sector, sobretudo pelo seu contributo para a balança comercial. Exporta cerca de 90% da sua capacidade, assumindo um papel importante no desenvolvimento económico do país, assim como no negócio da DS Smith.
“Estou orgulhoso por estar a celebrar o meio século de existência da fábrica de Viana. A fábrica tem um papel fundamental a desempenhar em todas as nossas operações. O nosso investimento de 2023 na fábrica garante que satisfazemos a crescente procura de packaging sustentável, mas fazendo-o de uma forma alinhada com os nossos objetivos de ajudar na transição para uma economia circular e de baixo carbono”, afirma Niels Flierman, responsável pela direção de Paper & Recycling na DS Smith.
Na região do Alto Minho, esta unidade industrial é igualmente valorizada pela comunidade, pela solidez que tem evidenciado ao longo dos 50 anos que já leva de laboração e pelo reconhecimento do seu contributo para a geração de riqueza para a economia local. A estabilidade, o emprego e as condições laborais que proporciona são fatores que têm contribuído para fazer da fábrica uma componente importante da comunidade local.
50 anos
Para celebrar o 50.º aniversário, a fábrica tem programadas diversas iniciativas, ao longo do ano, nomeadamente o lançamento de um livro sobre os seus 50 anos de história, um evento de confraternização com atuais e ex-colaboradores da empresa e um Open Day para receber os ex-colaboradores.