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Exportações travam em abril e crescem apenas 0,4%

Em abril deste ano, as exportações de mercadorias cresceram apenas 0,4% face ao mesmo mês de 2016, depois de terem disparado quase 24% em março, mostram os números publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A responsabilidade por esta travagem é das vendas para países da União Europeia (UE), que caíram 3,9%, enquanto as exportações extra-UE continuaram a aumentar (15,4%).

Por outro lado, as importações seguiram em abril o mesmo ritmo forte dos meses anteriores, tendo avançado 10,7% (14,9% em março). Neste caso, a subida veio essencialmente de fora do espaço comunitário. As compras intra-UE reforçaram-se apenas 2,1%, enquanto as importações de países terceiros dispararam 45,6%, o que se explica pela subida dos preços dos combustíveis.

O INE nota que a desaceleração do comércio internacional se explica por efeitos de calendário, em específico a data da Páscoa que, em 2016, se celebrou em março e este ano em abril. O que significa que as exportações de março de 2017 saíram beneficiadas, quando comparadas com 2016, e as de abril penalizadas. Estas variações agravaram o défice da balança comercial de bens, atirando-o para menos 1.239 milhões de euros, mais 509 milhões do que no mesmo mês de 2016.

Excluindo os combustíveis destas contas, uma mercadoria mais volátil, devido à flutuação dos preços, em vez de aumentarem pouco, as exportações até caíram 2,3%, enquanto as importações cresceram quase metade (6,1%). Sem os combustíveis, o saldo comercial é também um pouco menos negativo (menos 900 milhões).

No que diz respeito ao tipo de bens que estão a ser vendidos, o destaque vai precisamente para os combustíveis, que aumentaram mais de 55% face ao mesmo mês de 2016. Por outro lado, as vendas de bens de consumo e material de transporte registam as maiores quebras em abril (9,6% e 8,2%).

Quanto à divisão por países, o INE destaca as exportações para Marrocos, Angola e Estados Unidos, que tiveram subidas homólogas de 102,1%, 41,1% e 15,9%, respetivamente. As vendas para Espanha, França, Alemanha e Reino Unido caíram.

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