O têxtil chinês resistiu no ano da pandemia. As exportações de artigos têxteis do gigante asiático cresceram 30%, em 2020, apesar da queda na demanda da indústria da moda e das disrupções causadas pela Covid-19 na cadeia de valor do sector, de acordo com Cgtn News.
Especificamente, as exportações têxteis dispararam 29,2%, para 153.840 milhões de dólares. Já as de roupas fecharam o ano em queda. No geral, as vendas externas de têxteis e de vestuário subiram 9,6%, para 291.220 milhões de dólares, entre janeiro e dezembro, segundo dados provisórios.
A China, um dos maiores importadores de algodão, e agora imerso no escândalo de Xinjiang, onde a minoria muçulmana uigur é submetida a trabalhos forçados, disparou as suas compras de algodão estrangeiro em 17%, para 2,16 milhões de toneladas.
Interrupção da produção
O país foi o primeiro a paralisar a sua produção devido ao surto do coronavírus. Em janeiro, as fábricas fecharam por ocasião das festividades do Ano Novo Chinês e só reabriram no início de março, quando começou o confinamento no Ocidente.
A princípio, a interrupção da produção no país levou a que parte do fabrico se deslocasse para outros mercados, mas, com o encerramento de lojas na Europa e nos Estados Unidos, os retalhistas acabaram por cancelar em massa os pedidos.
Porém, a produção de máscaras e tecidos para equipamentos de proteção individual (EPI) conseguiu salvar o ano para a indústria têxtil chinesa.