A indústria alimentar e das bebidas alcançou, nos primeiros 11 meses de 2024, exportações no valor de 7.587 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 10,63% face a igual período homologo de 2023, e um crescimento de 0,74% face a todo o ano de 2023, altura em que as exportações se situaram nos 7.526 milhões de euros.
Com a União Europeia a representar 5.174 milhões de euros nas exportações da indústria alimentar e das bebidas, os dados do INE permitem ainda perceber que nos primeiros 11 meses de 2024, e por comparação a igual período homologo de 2023, há uma variação de 15,55% ao nível das exportações para os 27 Estados-membros.
A presença da indústria alimentar e das bebidas nos países extra União Europeia também cresceu e situa-se agora nos 2.412 milhões de euros.
Balança comercial
Ainda de acordo com os dados do INE, e por comparação a igual período de 2023, há uma tendência de redução do défice da balança comercial da indústria alimentar e das bebidas.
“Os dados do INE revelam que a indústria alimentar e das bebidas está a contribuir para mudar o perfil da economia portuguesa, em linha com o que tem sido evidenciado pela FIPA. Revelam ainda que as empresas têm conseguido contornar fatores adversos e de imprevisibilidade, como os relacionados com a situação geopolítica e a cadeia de distribuição. Tudo indica que o sector deverá continuar a evoluir em direção à sustentabilidade, inovação e adaptação às novas exigências do consumidor, o que poderá gerar oportunidades significativas para as empresas que se ajustem a estas tendências e fechar o ano de 2024 bastante positivo”, diz Jorge Henriques, presidente da FIPA.
O responsável conclui que “este crescimento é também o resultado da resiliência do sector e justifica-se pelo alto valor e qualidade dos produtos da indústria alimentar e das bebidas nacional, reconhecidos pelos consumidores dos países para onde exportamos”.
Contribuição para a economia nacional
A indústria alimentar e das bebidas é a indústria transformadora que mais contribui para a economia nacional, tanto em volume de negócios (22,4 mil milhões de euros) como em valor acrescentado bruto (3,8 mil milhões de euros).
Primeira indústria transformadora que mais emprega gera (é responsável por mais de 112 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos) assume, simultaneamente, uma grande importância no desenvolvimento do tecido empresarial – nomeadamente nas zonas do interior onde o sector situa as suas unidades industriais – e na afirmação do potencial de evolução da autossuficiência alimentar do país.