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Europa acelera transição para empilhadores elétricos: meta é 60% até 2030

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A União Europeia quer que, até ao final desta década, 60% dos empilhadores industriais vendidos nos seus Estados-membros seja elétrico, reduzindo significativamente a pegada carbónica deste sector essencial da logística e da indústria transformadora.

A meta, revelada durante a feira LogiMAT 2025, em Estugarda, está inserida numa estratégia mais ampla de descarbonização do transporte interno de mercadorias e serviços logísticos intraempresariais.

Segundo o relatório apresentado pela Federação Europeia de Equipamentos de Movimentação de Materiais (FEM), a eletrificação dos empilhadores poderá reduzir em mais de 30% as emissões associadas a esta categoria de maquinaria pesada. A União Europeia planeia incentivar esta transição através de políticas de financiamento, apoio à inovação tecnológica e estímulo à produção de baterias sustentáveis no espaço comunitário.

 

Empilhadores elétricos ganham terreno

Atualmente, cerca de 48% dos empilhadores novos vendidos na União Europeia já é elétrico. A sua adoção deve-se não apenas às metas climáticas, mas também às vantagens operacionais: são mais silenciosos, têm menos custos de manutenção e oferecem melhor ergonomia.

De acordo com os dados da FEM, as vendas de empilhadores elétricos cresceram 17% em 2024, superando pela primeira vez os modelos a gasóleo e GPL em diversos mercados do centro e norte da Europa.

Um dos desafios apontados pelos analistas é a produção sustentável de baterias e a gestão do seu ciclo de vida. A Comissão Europeia está a preparar legislação específica para garantir que as baterias utilizadas nos empilhadores e noutros equipamentos industriais cumprem critérios rigorosos de origem responsável, reciclabilidade e desempenho energético.

Além disso, está a ser criado um sistema europeu de recolha e recondicionamento de baterias industriais, promovendo uma economia circular no setor da logística. Os empilhadores elétricos serão incluídos nos critérios de compras públicas ecológicas (Green Public Procurement), obrigando os Estados-membros a integrar esta variável nas aquisições para serviços municipais e infraestruturas.

 

Digitalização e automação

Paralelamente à transição energética, a indústria dos empilhadores vive uma revolução digital. O aumento da procura por veículos autónomos e sistemas de gestão de frotas baseados em inteligência artificial está a transformar estes equipamentos em ferramentas inteligentes, integradas com os sistemas logísticos das empresas.

Empilhadores autónomos (AGV e AMR) estão cada vez mais presentes em centros de distribuição automatizados, permitindo operações ininterruptas, mais seguras e com maior rastreabilidade. A combinação entre eletrificação e automação é vista como o futuro da movimentação de mercadorias na Europa.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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