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Após meses de escalada nas tensões comerciais, os Estados Unidos e a China acordaram reduzir significativamente as tarifas mútuas por um período de 90 dias, numa tentativa de aliviar a guerra comercial em curso e fomentar um ambiente propício para futuras negociações.
Em negociações realizadas em Genebra, ambas as nações concordaram com as reduções tarifárias de 145% para 30% sobre produtos chineses e de 125% para 10% sobre produtos americanos.
Impacto nos mercados globais
A notícia do acordo teve um impacto imediato nos mercados financeiros. Os principais índices acionistas dos Estados Unidos registaram ganhos significativos, com o Dow Jones a subir 1.160 pontos (2,8%), o S&P 500 a aumentar 3,3% e o Nasdaq a crescer 4,4%, marcando os maiores ganhos diários desde abril.
O sector tecnológico e de retalho liderou os ganhos, com empresas como Apple, Amazon, Dell e Best Buy a registarem aumentos notáveis nas suas ações.
Os preços do Brent ultrapassaram os 65 dólares por barril, enquanto o ouro sofreu uma queda de 2,5%, refletindo uma mudança no apetite dos investidores por ativos de risco.
O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, descreveu as negociações como “muito produtivas” e expressou esperança de que este seja o primeiro passo para um acordo comercial mais abrangente.
Já o Presidente Donald Trump referiu-se ao acordo como um “reinício total” nas relações comerciais entre os dois países, enfatizando a importância de garantir acesso justo aos mercados chineses para as empresas americanas.
Perspetivas futuras
Embora o acordo represente um avanço significativo na redução das tensões comerciais, os analistas alertam que ainda existem questões pendentes que necessitam de resolução, incluindo práticas comerciais desleais e preocupações relacionadas com a propriedade intelectual.
O período de 90 dias será crucial para avaliar o compromisso de ambas as partes em alcançar um acordo duradouro que possa estabilizar as relações comerciais e beneficiar a economia global.