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Empresas exportadoras precisam de se proteger face aos crescentes riscos

As empresas portuguesas enfrentam riscos crescentes nos seus processos de exportação e internacionalização, que podem colocar em causa a sua sustentabilidade caso não sejam devidamente mitigados e transferidos para um segurador. Esta é uma das conclusões apresentada pela MDS, no evento Portugal Exportador.

Mário Vinhas, Deputy Executive Director da MDS Portugal, afirma que “os mercados externos apresentam um forte potencial de crescimento para as empresas portuguesas, mas também trazem ameaças que devem ser acauteladas. As empresas exportadoras e internacionalizadas necessitam de proteger os seus ativos pessoais e patrimoniais contra os riscos a que estão expostas sob pena de verem a sua atividade afetada em caso de sinistros. Para tal, devem recorrer à consultoria de riscos e à contratação de seguros adequados, assegurando o desenvolvimento sustentável do negócio e garantindo que a solidez e perenidade das empresas não é posta em causa por uma aposta no crescimento internacional”.

Portugal tem mais de 46 mil empresas exportadoras, sendo a maioria empresas de pequena e média dimensão. O volume anual de exportações supera os 50 mil milhões, apresentando uma tendência de evolução positiva. Desde o início do ano, e até final de setembro, as exportações nacionais cresceram 10,7%, com comparações homólogas mensais sempre positivas.

Espanha é o principal mercado de exportação português, seguido pela Alemanha e pela França. Fora da União Europeia, os Estados Unidos assumiram-se como principal mercado no terceiro trimestre.

A internacionalização e a exportação proporcionam oportunidades de crescimento para as empresas portuguesas, mas são comuns os problemas ao nível do recebimento dos valores das encomendas, da cadeia de transportes e logística ou de episódios envolvendo colaboradores deslocados. Entre os principais riscos associados à exportação e à internacionalização que as empresas têm de ter em atenção e proteger estão:  riscos legais e regulatórios, políticos, de continuidade do negócio, com colaboradores, de crédito, de responsabilidades diversas, com a entrega dos produtos, Cyber Risk, perdas cambiais, transferência de divisas, políticas aduaneiras ou defesa da marca e da propriedade intelectual.

Se os programas de seguro construídos para o efeito não forem corretamente pensados e projetados, a empresa pode incorrer em prejuízos, multas e processos judiciais contra a organização e, consequentemente, contra a sua própria gestão, podendo inclusive pôr em causa a continuidade do negócio e da empresa.

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