O DIA está a passar por dificuldades no mercado chinês, com a sua filial de Xangai a acumular prejuízos no valor de 74,35 milhões de euros, segundo os últimos relatórios de contas do grupo retalhista.
Após o encerramento, há dois anos, da filial do Dia em Pequim, sociedade atualmente em processo de dissolução, e com o negócio em Xangai no vermelho desde 2007, o grupo está a abordar uma profunda reestruturação do negócio, segundo avança o El Economista. No final de 2014, o DIA possuía 198 lojas próprias e 170 franquias na China. Entretanto, fechou 95 das suas lojas próprias, gerindo, agora, 103 de forma direta e 278 franquias.
O jornal espanhol sublinha que desde que o DIA entrou na China, em 2003, ainda sob a alçada do Carrefour, não conseguiu em qualquer um dos exercícios obter lucros. Em 2015, as perdas ascenderam a 15,9 milhões de euros, mais 14% que no ano anterior e o valor mais elevado de toda a década.
A China não é, contudo, o único mercado penalizador para o grupo retalhista dirigido por Ricardo Currás. Recorde-se que, em 2014, o DIA vendeu o negócio francês ao Carrefour, desfazendo-se de 865 lojas e que, um ano antes, em 2013, acordou com o parceiro turco Haci Ömer Sabanci Holding a venda da totalidade da empresa conjunta na Turquia à Yildiz Holding e SOK Marketler Ticaret, num total de 1.093 pontos de venda. Já em 2010 tinha abandonado o mercado grego, com a venda de 381 à sociedade entre o Carrefour e o grupo Marinopoulos.