O virtual também derruba fronteiras e capta negócio

Bruno Batista, CEO GCI
Bruno Batista, CEO GCI

O computador entrou nas nossas vidas e, a pouco e pouco, “apresentou-nos” novas formas e lugares para trabalhar. Por exemplo, deu-nos, há muitas décadas, a possibilidade do teletrabalho, deu-nos, também, a possibilidade de interagir através do chat e, mais recentemente, levou-nos a experiências que permitem a interação com uma audiência que pode estar em qualquer lugar do mundo.

Se a evolução nos dois primeiros momentos necessitou de algumas décadas, já o terceiro momento necessitou “apenas” do efeito Covid-19, que veio alterar a forma de trabalhar, de estudar e de nos relacionarmos. Ou seja, por via do isolamento social e da adoção de medidas de segurança, houve uma adesão, diria massiva, a reuniões online e videochamadas, tanto para questões profissionais como pessoais. 

Como se de uma nova era se tratasse, também os eventos sofreram as consequências do isolamento social e acabariam cancelados. Contudo, a economia e a sociedade não podem parar e a reinvenção de conceitos foi uma realidade. Primeiro, através de webinars, um conceito que sempre me pareceu pobre, que se limita a transmitir informações, onde sempre senti a falta da experiência de marca, do branding e da interatividade. Num evento webinar não conseguimos gerar o efeito de um evento ao vivo, não geramos expectativa, emoção, não existe networking.

 

Virtual Arena

Face à realidade e sabendo que o 3D permite realizar, decorar, customizar e criar toda a experiência de um evento, mas de forma virtual, desenvolvemos internamente o Virtual Arena. Através deste pavilhão de eventos online, passámos a poder modelar e desenhar o palco, a personalizá-lo de forma exclusiva para cada organização, a disponibilizar ferramentas para tornar o relacional – chat, sala de entretenimento, fotografias do evento, entre outros – o mais próximo possível da realidade física. Uma realidade que se torna imersiva, ao contrário de um webinar.

É verdade que ninguém quer estar confinado. Que todos desejamos poder regressar à normalidade e sentir o cheiro, o burburinho de uma feira, o calor humano de uma sala de conferência, ver ao vivo as apresentações dos oradores e poder partilhar com o vizinho de mesa a nossa opinião sobre o tema em foco, realizar o jantar de Natal ou a festa de aniversário da empresa. Mas, enquanto isso não chega, estamos “confinados” e limitados ao invento dos eventos, que constitui uma oportunidade para que muitos sectores de negócios cheguem longe, dado o valor acrescentado que apresenta. Por exemplo, um evento online permite maior alcance e envolvimento (engajamento – permitam-me escrever português), maior tempo de exposição a um custo menor, menor investimento em logística. 

 

Tendência

Se é perfeito? Diria que é uma tendência para os próximos anos. Que mesmo após a pandemia é muito provável que os eventos online permaneçam e deem origem a algo novo: o formato híbrido, onde existe a junção do formato online com o presencial. Acredito que eventos híbridos são o formato do futuro, até porque, enquanto um evento físico restringe o público ao local onde acontece, o evento virtual não conhece fronteiras, horários ou restrições e pode agregar pessoas de todo o mundo, além que permite deixar os conteúdos muito mais acessíveis.

Em suma, a pandemia deu um empurrão à digitalização dos serviços. Mas, no caso dos eventos, foi/vai mais longe. Permitiu que, através dos eventos digitais, se derrubem barreiras e se navegue rumo a novos mercados e novos negócios.

Alexandre Carinhas, Value Aquisition Manager da Altitude Software

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