A escassez de motoristas e de trabalhadores qualificados é uma preocupação para a economia e para o sector da logística, em particular, sendo um dos fatores críticos de entrave ao crescimento futuro. Com a Dachser Service und Ausbildungs GmbH, a multinacional lançou, há 10 anos, uma estratégia de qualificação sustentável e é, atualmente, uma das maiores formadoras de motoristas profissionais na Alemanha.
Um relatório divulgado pela União Internacional dos Transportes Rodoviários (IRU) considera que a falta de motoristas é um problema europeu e mundial, com mais de três milhões de postos de trabalho por preencher em 36 países inquiridos. “A escassez de trabalhadores qualificados é uma tendência geral do mercado que afeta todo o sector da logística”, afirma Alexander Tonn, COO Road Logistics da Dachser. “Temos de fazer esforços cada vez maiores para preencher as vagas”, acrescenta.
Foi devido a esta adversidade que a Dachser começou, há dez anos, por ser uma das primeiras empresas de logística a lançar uma estratégia de qualificação, ao fundar a Dachser Service und Ausbildungs GmbH. O objetivo passa por atrair jovens para a profissão de motorista, inspirá-los, formá-los e mantê-los no mercado a longo prazo.
“A valorização, as perspetivas, a responsabilidade pessoal e o salário são os fatores mais importantes para tornar a profissão mais atrativa”, afirmou Hendrik Jansen, Managing Director da Dachser Service und Ausbildungs GmbH.
Desde então, todos os anos, cerca de 100 formandos iniciam a formação para se tornarem motoristas profissionais. “Profissionalizámos a formação contínua e colocamos à prova todos os processos relacionados com o mundo da condução”, afirma Jansen. Isto também incluiu, por exemplo, a contratação de gestores de frota em todas as filiais alemãs da Dachser, que têm uma função chave dentro do processo e estão dedicados às necessidades dos motoristas.
“Encontrar bons motoristas é essencial. Contudo, é igualmente importante mantê-los e motivá-los ainda mais”, diz Hendrik Jansen. “Hoje em dia, o que está em causa são questões como o equilíbrio entre a vida profissional e a vida privada, a mudança na comunicação ou o trabalho com significado e sentido. E são precisamente estas as alavancas em que estamos a trabalhar. Se conseguirmos mudar a forma como lidamos com os nossos condutores – e isto não se aplica apenas à Dachser – então conseguiremos provocar uma mudança cultural e um consequente maior apreço por esta profissão e pelas pessoas que a exercem”, reitera o responsável.