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Crescimento da venda de bens de luxo estabiliza, mas margens de lucro resistem à pressão

De acordo com a quinta  edição do “Global Powers of Luxury Goods” da Deloitte, as 100 maiores empresas de bens de luxo do mundo geraram 217 mil milhões de dólares em vendas, no ano fiscal de 2016.

Este relatório anual analisa o desempenho das 100 maiores empresas de bens de luxo a nível mundial, com base nos dados publicamente disponíveis relativos às vendas consolidadas de bens de luxo no ano fiscal de 2016, correspondente ao último exercício encerrado até junho de 2017. Apresenta, ainda, as tendências chave que marcam o mercado de luxo e fornece uma perspetiva económica global. “O mercado de luxo recuperou da incerteza económica e da crise geopolítica de 2016, aproximando-se de um bilião de dólares em vendas anuais no final de 2017”, destaca Patrizia Arienti, EMEA Region Fashion & Luxury Leader da Deloitte. “O ritmo de crescimento do mercado depende de muitos fatores, nomeadamente do turismo e da variação do rendimento disponível. Acreditamos que, ao contrário do que se passa noutros sectores, o mercado de bens de luxo vai continuar a crescer.

Não se registou qualquer alteração no top 5 mundial, continuando o ranking a ser liderado pela LVMH, Estée Lauder, Richemont, Luxottica e Kering. “No período analisado, o volume de negócios em dólares das 100 maiores empresas do mercado de bens de luxo cresceu 1%, valor que é significativamente inferior aos 6,8% alcançados no ano anterior”, afirma Pedro Miguel Silva, Associate Partner de Retail & Consumer Products da Deloitte Portugal. “Das 100 empresas analisadas, 57 cresceram face ao ano anterior, das quais 22 a uma taxa de dois dígitos. O crescimento do top 100 foi enfraquecido pelas 10 empresas que diminuíram as suas vendas em dois dígitos, durante o ano fiscal de 2016, incluindo duas que estão no top 10: Swatch Group e Ralph Lauren. O ano fiscal de 2016 parece, por isso, ser marcado por uma desaceleração do crescimento na maioria das empresas”, acrescenta.

A Itália tem o maior número de empresas no ranking, enquanto França apresenta um maior peso de vendas. China, França, Alemanha, Itália, Espanha, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos da América representam, em conjunto, 83 das 100 maiores empresas de bens de luxo a nível mundial e 90% das suas vendas. Espanha e França registam a maior taxa de crescimento.

Entre as 10 maiores empresas, três estão em múltiplos segmentos do mercado de bens de luxo, duas são empresas de cosméticos e fragrâncias, duas são empresas de joias e relógios, duas são empresas de moda e apenas uma de acessórios. Três estão sediadas nos Estados Unidos da Américt, três em França, duas na Suíça, uma em Itália e outra em Hong Kong.

Entre os anos fiscais de 2014 e 2016, as vendas das 20 empresas com o crescimento mais rápido aumentaram em 15%, uma taxa que é quase quatro vezes superior à do Top 100 como um todo, mas que fica 7,1 pontos percentuais abaixo do valor do ano anterior. Mais uma vez, os segmentos mais fortes do top 20 em crescimento foram vestuário e calçado, com 10 empresas, e joalharia e relógios, com cinco empresas.

As vendas das empresas do segmento roupa e calçado foram menores no ano fiscal de 2016. No entanto, quando convertidas em dólares, cresceram 0,2%. A taxa de crescimento das vendas e a margem de lucro voltaram a cair pelo segundo ano consecutivo. Este é o segmento de produtos que tem o maior número de organizações no top 100 (38).

O segmento dos cosméticos e fragrâncias foi o que teve o melhor desempenho no ano fiscal de 2016 e onde se registou o maior crescimento das vendas (7,6%).

As 11 empresas do segmento de múltiplos bens de luxo são as maiores do top 100. As suas vendas anuais médias são de 6,3 mil milhões de dólares e juntas representam 32% das vendas do top 100.

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