Estima-se que as vendas globais de carne congelada alcancem os 134 mil milhões de dólares, em 2023, o que representa um aumento de 12 mil milhões de dólares face às estimativas avançadas antes da pandemia de Covid-19, indica a GlobalData.
Só em 2020 espera-se que, como consequência das mudanças no consumo potenciadas pelo novo coronavírus, as vendas mundiais aumentem em 9.100 milhões de dólares, mais 8,1% em valor face à anterior projeção. “Os alimentos congelados experimentaram uma subida nas vendas globais, desde o início da pandemia, com um marcado impulso nas vendas de carne congelada em particular”, analisa Ryan Whittaker, analista de consumo da GlobalData.
Impulso da Covid
A necessidade de evitar a infeção motivou as pessoas a fazerem menos visitas aos supermercados, mas maiores cestas, e a uma maior planificam das refeições e visitas. “Para os consumidores, a carne congelada é um investimento em refeições futuras, é duradoura, saborosa e, normalmente, mais barata, todos motivos sólidos para comprar durante a incerteza da Covid-19”, acrescenta Ryan Whittaker.
Nos primeiros seis meses de 2020, os canais retalhistas de todo o mundo experimentaram um grande aumento nas vendas, enquanto o “food service” e o “on the go” foram afetados. “O mais recente inquérito aos consumidores da GlobalData revelou que 44% espera que o clima económico dos seus países piore. À medida que a recessão de aproxima, os consumidores tendem a poupar dinheiro, normalmente, reduzindo as refeições fora de casa. Não obstante 49% dos consumidores globais dizerem que estão a comprar as mesmas quantidades de carne que anteriormente, apurámos que 22% comprou mais que antes. De facto, uma minoria de 3% confirma que está a armazenar carne. Podemos esperar que este comportamento dos consumidores continue até que os bloqueios e incertezas causadas pela Covid19 diminuam”, explica o analista da GlobalData.