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Consumidores continuam otimistas, mas prudentes

O clima de consumo na Europa está a revelar-se bastante menos otimista no primeiro trimestre de 2018 do que no final do ano passado.

Segundo dados do estudo “Clima de Consumo na Europa” da GfK, as expectativas económicas em todos os países da União Europeia desceram, em média, para 15 pontos em março de 2018. Isto representa uma descida de dois pontos face a dezembro de 2017.

Para 2018, a GfK prevê um aumento de 1,5% a 2% (em termos reais) no consumo das famílias na União Europeia.

Os países que registaram aumentos mais substanciais, em 2017, claramente perderam pontos agora. Em França e na Áustria, particularmente, o clima de euforia parece ter-se retraído temporariamente na sequência das eleições. A opinião dos consumidores na República Checa e Bélgica, relativamente ao desenvolvimento económico dos seus países, é muito mais positiva.

As expectativas de rendimentos continuaram a registar, em média, aumentos por toda a Europa. Os aumentos registados foram de 1,3 pontos nos primeiros três meses, atingindo os 16,3 pontos em março. Os consumidores na Grã-Bretanha e na Bulgária estavam particularmente otimistas relativamente ao aumento dos seus rendimentos e este indicador registou um aumento de dois dígitos. Registaram-se quebras significativas em França e em Espanha.

No início do ano, a propensão para comprar caiu, em média, 1,3 pontos por toda a União Europeia, mantendo-se nos 19,7 pontos em março. Este indicador registou um crescimento particularmente substancial na República Checa, ao contrário do que aconteceu na maioria dos restantes países europeus, e faz sobressair o panorama de consumo geralmente positivo dos consumidores checos.

As expectativas económicas dos consumidores portugueses estão estáveis e positivas neste início do ano. Alcançaram 32,2 pontos em março, o que representa apenas uma ligeira descida de 0,9 pontos face a dezembro de 2017. Este valor é superior em dois pontos percentuais ao verificado no período homólogo de 2017.

Houve também uma certa estabilidade relativamente às expectativas de rendimentos dos portugueses. Após ter registado valores mais prudentes no início do ano, em março, o indicador manteve-se apenas 0,8 pontos abaixo do resultado de dezembro de 2017, atingindo os 29 pontos.

Apesar de, em fevereiro, a propensão para comprar ter conseguido exceder os níveis recorde de dezembro de 2017, no final do primeiro trimestre, o indicador registou uma descida de 3,1 pontos, atingindo os 10,7 pontos, ainda assim um dos valores mais altos dos últimos cinco anos.

Em resumo, a propensão a compra em Portugal está relativamente estável desde meados de 2017, ano em que atingiu novos máximos que não se viam desde 2009. Desde junho de 2017 que as variações têm sido sempre – e apenas – entre os 10 e os 14 pontos positivos, longe dos valores negativos de 2016 e dos quatro anos anteriores. Recordamos que, em março de 2017, este indicador era negativo em -10.

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