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Comércio eletrónico alimentar vai acelerar crescimento

O comércio eletrónico só representa, atualmente, quatro cêntimos de cada euro gasto em produtos de grande consumo em todo o mundo. Mas este valor vai aumentar, em detrimento dos gastos direcionados para os super e hipermercados.

Estes são dados da Kantar Wordpanel, que no seu estudo “New Omnichannel: Finding growth in reinvented retail” indica que, em 2017, o e-commerce alimentar cresceu 15% em todo o mundo, tendo uma quota de mercado ligeiramente acima dos 7%. “Os compradores estão a mudar dos ‘bricks’ para os cliques e o e-commerce está a crescer em todos os mercados e em todas as categorias”, diz a consultora.

China, Japão e Estados Unidos da América somam 70% dos gastos online em produtos de grande consumo. São os três mercados onde o e-commerce alimentar é mais representativo, seguidos do Reino Unido (12%), França (8%) e Coreia do Sul (8%).

É na Ásia, sobretudo no este e sudeste do continente, que o e-commerce alimentar está a crescer mais rapidamente. Em 2017, aumentou 29%, somando vendas superiores a 14 mil milhões de euros. Este crescimento vai acelerar ainda mais, pois a evolução na Índia e Indonésia será particularmente notável.

A Europa de Leste e a América Latina continuam a ser mercados mais pequenos a nível online para o grande consumo. Polónia (0,9%) e Argentina (0,6%) são os únicos países com alguma representação nos gastos mundiais.

Em todo o caso, mesmo nos mercados mais evoluídos, a quota do e-commerce alimentar continua a ser pequena. Por exemplo, nos Estados Unidos da América, apenas representa 1,9% do grande consumo, ao que corresponde um crescimento de 29% em 2017. Na Coreia do Sul, onde se vendem mais alimentos e bebidas pela Internet, a quota é de 16,7%, na China é de 8% e no Japão é de 7,6%.

No grande consumo, o comércio eletrónico triunfa especialmente nas categorias de saúde e beleza, onde as vendas globais cresceram 10,5% em 2017. Mas na alimentação, o crescimento foi de 16%.

A Kantar Worldpanel destaca que, atualmente, os retalhistas apostam cada vez mais por ganhar pontos no online. Desde que a Walmart adquiriu a Jet.com, em 2016, sucederam-se diversas alianças. A última foi a estabelecida entre Carrefour e Google, em França, mas foram vários os pactos estabelecidos, casos de Carrefour e Tencent, Walmart e Flipkart ou Auchan e Alibaba. Assim como de aquisições, como a da Whole Foods pela Amazon, e lançamentos de novos conceitos, como o 7 Fresh, Amazon Go ou Hema.

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