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A Coca-Cola registou um aumento surpreendente nas receitas comparáveis e superou as estimativas de lucro no quarto trimestre, impulsionada pelos preços mais elevados e pela procura resiliente pelos seus refrigerantes.
A empresa concentrou-se em captar a procura em mercados emergentes, como a Índia, e em expandir o seu portfólio na América do Norte para incluir marcas como a marca premium de leite Fairlife e a marca de água com gás Topo Chico.
Parcerias com cadeias de fast-food, como o McDonald’s, também impulsionaram as vendas, reporta a Reuters.
Quarto trimestre
No quarto trimestre, os volumes da Coca-Cola subiram em todos os mercados globais pela primeira vez em 2024, com a América do Norte a registar um crescimento de 1%.
Ao mesmo tempo, os preços globais aumentaram 9% nos últimos três meses de 2024, após uma subida de 10% no terceiro trimestre.
A Coca-Cola beneficiou da forte procura pelas suas marcas de refrigerantes, como Fanta e Sprite, com volumes a subir 2% neste segmento, que representa cerca de dois terços do total de volumes da empresa.
Em contraste, a rival PepsiCo relatou na semana passada uma queda de 3% no volume nos seus dois maiores segmentos (bebidas na América do Norte e snacks Frito-Lay na mesma região) no quarto trimestre.
“Essa é provavelmente a diferença chave face à Pepsi. A Pepsi tem perdido quota de mercado na América do Norte em bebidas gasosas, enquanto a Coca-Cola tem tido melhor desempenho, especialmente em opções sem açúcar e refrigerantes“, afirmou Charlie Higgs, diretor de Pesquisa de Bens de Consumo da Redburn Atlantic.
A receita líquida comparável da Coca-Cola subiu 4,2% para 11,40 mil milhões de dólares no quarto trimestre, enquanto os analistas esperavam uma queda de 2,47% para 10,68 mil milhões, segundo dados da LSEG.
Previsão
Para 2025, a Coca-Cola prevê um crescimento orgânico das receitas entre 5% e 6%, comparado com um aumento de 12% em 2024. A previsão está no limite superior da meta de longo prazo da empresa, que é um crescimento orgânico das receitas entre 4% e 6%.
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