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Cibersegurança: 79% dos empresários portugueses admite falhas

Estudo apresentado pela Mastercard revela que, em caso de ataque cibernético, 24% dos empresários teme que teria de encerrar os seus negócios

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Os dados recolhidos por um novo estudo da Mastercard junto de mais de 1.800 donos de pequenas e médias empresas na Europa revelam uma tendência preocupante em Portugal: 79% dos empresários admite precisar de formação sobre como proteger o seu negócio de um ciberataque. Número que, segundo a empresa, é bastante superior aos 67% da média europeia. Portugal é apenas ultrapassado pela Polónia (82%) e Irlanda (83%).

O relatório conclui que a possibilidade de serem alvo de um ataque informático é uma preocupação constante no dia a dia dos pequenos e médios empresários portugueses (43%). Receio que, aponta o documento, tem implicações na estratégia de crescimento das suas empresas: 56% dos empresários assume uma posição cautelosa perante os riscos de fraude ou burla online.

 

Cibersegurança: da vulnerabilidade à falta de conhecimento

Mas tão ou mais preocupante que saber a percentagem de potenciais falhas é o facto de cerca de metade destes empresários portugueses (49%) reconhecer não ter competências para se proteger de ciberataques, um valor que está em linha com a média europeia (47%).

Cerca de metade dos pequenos e médios empresários portugueses (47%) afirma nunca ter sido vítima de qualquer tipo de burla ou fraude online, embora conheça casos próximos em que tal ocorreu. Este resultado posiciona Portugal acima da média europeia, situada nos 42%.

Avaliando os dados, a Mastercard considera que, apesar dos números positivos, o país ocupa o quarto lugar entre os mercados com maior exposição reportada, em igualdade com a Dinamarca. Os três países que registam percentagens mais elevadas de empresários expostos a burlas e fraudes online são a Irlanda (52%), Itália (51%) e Espanha (49%).

De acordo com o estudo da Mastercard, 30% dos empresários portugueses identifica o risco de fraude como a principal ameaça aos seus negócios. A preocupação é tal que 24% admite que, em caso de ataque informático, a sua empresa poderia encerrar a sua atividade. A realidade destes riscos já se fez sentir: 17% refere ter sido diretamente visados por agentes mal-intencionados, 12% sofreu perdas financeiras devido a fraudes e 5% revela já ter sido alvo de um ataque informático.

Principais dados de cibersegurança em Portugal e na Europa

Portugal Europa
Fui alvo de um ataque informático 17% 25%
Perdi dinheiro com um ataque informático 12% 11%
Não fui vítima de ataque informático, mas conheço outro pequeno ou médio empresário que foi 47% 42%
Preocupo-me todos os dias com a possibilidade de ser vítima de um ataque informático 43% 29%
Perdi clientes depois de ter sido alvo de um ataque informático 3% 9%
O risco de ataque informático é a maior ameaça que enfrento 30% 29%
Se a minha empresa fosse vítima de um ataque informático, provavelmente fecharia o negócio 24% 25%
O risco de ataque informático está a tornar-me cauteloso quanto ao crescimento da minha empresa 56% 49%
Não sei como proteger a minha empresa de um ataque informático 49% 47%
Preciso de me informar melhor sobre como proteger a minha empresa de um ataque informático 79% 67%
A minha empresa foi vítima de um ataque informático 5% 12%

Estes dados evidenciam a exposição crescente das empresas às ameaças digitais, com especial destaque para os empresários mais jovens. A nível europeu, são os membros da Geração Z os que revelam maior preocupação: 36% admite pensar diariamente na possibilidade de sofrer um ataque informático, em contraste com 27% dos Millennials e 25% dos Baby Boomers.

Além disso, 61% dos empresários da Geração Z considera que o receio de fraudes constitui um entrave significativo ao crescimento e à expansão dos seus negócios.

Com o aumento das fraudes online e das ciberameaças, os pequenos e médios empresários devem tomar medidas proativas para salvaguardar as suas operações”, aponta Michele Centemero, vice-presidente executivo de serviços da Mastercard para a Europa. “O nosso estudo destaca uma necessidade crítica de melhor formação, medidas de segurança mais fortes e maior colaboração do sector para ajudar as empresas a protegerem-se. Na Mastercard, reconhecemos que as pequenas e médias empresas são a espinha dorsal da economia europeia e que a sua resiliência é essencial para o crescimento e a inovação”, acrescenta a executiva.

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