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Bel Portugal e WWF Portugal concluem projeto de restauro ecológico no concelho de Boticas

Projeto demorou três anos e recuperou 60 hectares de paisagem no Barroso, promovendo biodiversidade, agricultura regenerativa e desenvolvimento local

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A Bel Portugal, em parceria com WWF Portugal e a Cooperativa Agro Rural de Boticas (CAPOLIB), anunicaram ter concluído o Projeto de Restauro Ecológico da Paisagem Florestal de Boticas. Trata-se de uma intervenção a três anos que, como refere a empresa, permitiu transformar 60 hectares de uma região fortemente marcada pelos incêndios florestais.

Este projeto-piloto, com um investimento total de 360 mil euros, é um exemplo do compromisso da Bel Portugal com a agricultura sustentável e com a criação de valor ambiental, económico e social para os territórios.

Convém lembrar que a região do Barroso, reconhecida pela FAO como património agrícola mundial, foi fortemente afetada pelos incêndios de 2016, que destruíram mais de 1.700 hectares. Pelo que, este projeto surge como resposta a essa destruição, com o objetivo de recuperar ecossistemas florestais degradados, valorizar o sistema agro-silvo-pastoril tradicional, promover a biodiversidade e aumentar a resiliência da paisagem aos incêndios.

Paula Amaral, responsável de sustentabilidade da Bel Portugal, aponta que “o futuro da alimentação depende da capacidade de implementarmos uma agricultura inovadora, sustentável e regenerativa, em parceria com agricultores. Este projeto mostra como é possível recuperar paisagens, promover práticas ancestrais e apoiar comunidades locais com soluções duradouras e multifuncionais”.

 

3 anos de intervenção

Durante os três anos de intervenção, os 40 hectares de floresta envolvidos receberam “obras” de regeneração natural do pinheiro e a gestão ativa do ecossistema para permitir o regresso de espécies nativas como o carvalho. Adicionalmente, o projeto envolveu mais 19 hectares de pastagens biodiversas, destinadas ao uso comunitário, com o objetivo de apoiar atividades como a pastorícia e a apicultura, essenciais para o território.

Para além da recuperação ecológica, o projeto contribuiu para a redução do perigo de incêndio e para a melhoria da gestão do solo, para a preservação dos polinizadores, incluindo as abelhas responsáveis pela produção do emblemático mel de urze do Barroso, para a valorização da paisagem multifuncional, com benefícios económicos diretos para agricultores, produtores de gado, apicultores e proprietários de terras, e para o combate ao despovoamento rural, promovendo melhores condições de vida e rendimento sustentável para quem vive da terra.

Com este projeto, conseguimos recuperar práticas de agricultura tradicionais e criar uma paisagem mais resiliente e rica em biodiversidade. A multifuncionalidade da paisagem é uma das melhores soluções para aumentar a resiliência das comunidades locais e dos territórios aos incêndios florestais, enquanto valorizamos os recursos naturais desta região”, acrescenta Vasco Silva, coordenador de florestas da WWF Portugal.

Ângelo Teixeira da CAPOLIB, por seu lado, refere que se conseguiu “transformar uma área de incultos e floresta degradada num espaço útil para a comunidade, criando valor para os agricultores e contribuindo para a fixação da população”.

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