O Grupo DIA concluiu a auditoria às contas do exercício de 2017, de modo a apurar os factos que levaram a determinados ajustes contabilísticos.
A investigação levada a cabo pela Ernst & Young (EY) terá detetado a existência de práticas fraudulentas, que deram lugar a uma denúncia, por parte do grupo, nas finanças, “prosseguindo com o exercício de diligência, responsabilidade e máxima transparência desde o momento em que teve conhecimento dos ajustes contabilísticos”.
O grupo retalhista abriu uma investigação, em Espanha e no Brasil, que pôs em evidência a existência de práticas irregulares realizadas por determinados quadros, incluindo membros da alta direção, contornando os mecanismos de controlo interno estabelecidos. A investigação sobre o mercado espanhol está concluída e a do Brasil deverá ser finalizada ainda este mês de fevereiro.
na empresa.
A EY entrevistou dezenas de altos quadros e recolheu informações nos computadores e e-mails. De acordo com a imprensa espanhola, foram encontrados e-mails que vieram a confirmar as suspeitas, como a ocultação de informação aos auditores, aos acionistas e ao próprio conselho de administração do grupo. Nesse sentido, o grupo está a analisar reclamar a Ricardo Currás e a Antonio Coto, anteriores conselheiros delegados, as retribuições de 2018, através da ativação das cláusulas clawback.
Além disso, a DIA indica que “irá proceder à revisão e, em caso disso, à implementação de algumas políticas e procedimentos internos adicionais, com o objetivo de reforçar ainda mais as suas ferramentas de controlo”.