O Auchan, o Minipreço (Dia) e o E.Leclerc são potenciais candidatos a sair do mercado português no curto prazo. Esta é uma das conclusões dos analistas do BPI, que publicou recentemente uma nota de análise sobre o sector de retalho alimentar português, citada pelo Jornal de Negócios.
Na sua análise das insígnias, o BPI também prevê que o Intermarché possa vir a fechar algumas lojas no curto prazo. O Pingo Doce não deverá apostar em mais promoções, focando-se, em contrapartida, na sua rentabilidade e a Sonae deverá manter a sua política mais conservadora de preços. Já o Minipreço deverá ser mais agressivo mas sem se focar exclusivamente nas promoções. “A empresa precisa de investir nas suas lojas e aumentar a perceção da qualidade da sua oferta no mercado“, pode ler-se na análise.
O mercado do retalho alimentar tem estado “altamente focado” nas promoções, particularmente desde 2012, mas a eficácia deste mecanismo “atingiu um teto e os volumes não estão a reagir às promoções”. De acordo com os analistas, a deflação é um dos principais riscos para o sector, aconselhando-se os retalhistas a focar-se na qualidade e não nos preços. Não obstante, o BPI considera que a pressão sobre os preços deverá aliviar em 2015 e que o volume de vendas também deverá subir.