A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) executou, em dois locais, 17 mandados de busca (não domiciliários), no âmbito de investigação dos crimes de falsificação de documentos e fraude sobre mercadorias, que resultou na apreensão de seis toneladas de carne.
A investigação visou duas empresas (indústrias de carnes e entreposto frigorífico), situadas em Loulé e em Viseu.
De acordo com o comunicado da ASAE, “na sequência da operação, em Loulé, detetou-se que a empresa usurpava a marca de salubridade atribuída oficialmente a outro operador“. Assim, foram apreendidos 4.710 quilogramas de carne de bovino, por não ter sido possível determinar a sua rastreabilidade, “uma vez que seria prática dessa empresa retirar e eliminar os rótulos originais dos produtos embalados, substituindo por rótulos próprios, alterando as menções de origem e de validade“.
Foram ainda apreendidos mais de 16.500 rótulos com a identificação da marca de salubridade usurpada, uma máquina de vácuo, um computador, dados informáticos e documentação diversa. O valor total da apreensão ascende a 34 mil euros.
Viseu
Em Viseu, no âmbito desta mesma investigação, foram apreendidos 1.039 quilos de carne congelada (de bovino, suíno e aves), no valor comercial de 6.173,45 euros, pelos crimes de falsificação de documentos e fraude sobre mercadorias.
“Foram ainda constatadas infrações contraordenacionais por falta de rastreabilidade, por falta de Número de Controlo Veterinário (NCV) para a congelação de carne de bovino e suíno e por incumprimento das regras sobre encaminhamento de sangue de origem animal para uma unidade de subprodutos (o sangue era colocado diretamente no lixo orgânico)“, refere em comunciado.
A ASAE verificou fortes indícios de que a empresa eliminaria a rotulagem de origem dos produtos, recolocando no mercado a carne com prazo de validade já expirado, em certos casos, com mais de um ano, dando indicação de que teria mais um ano de validade.