A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) está a trabalhar num plano de retoma do retalho para responder às necessidades que o comércio integrado está a sentir no âmbito das medidas de combate à pandemia.
A APCC vai iniciar um conjunto de reuniões de trabalho com todos os representantes do sector para construir uma resposta à crise, que agregue os vários contributos e permita a recuperação do retalho em lojas físicas em Portugal, no período de pós-confinamento.
Num momento em que, devido à impossibilidade de ter as lojas abertas, se está a assistir ao aumento exponencial do comércio online, promovido por grandes multinacionais sediadas fora do território nacional, este plano será um apelo à mobilização conjunta do sector para defender o retalho em lojas físicas em Portugal. “Este plano assume especial importância numa altura em que os associados da APCC registaram perdas superiores a 600 milhões de euros nas ajudas dadas aos lojistas“, diz a associação em comunicado.
200 lojas fechadas
A APCC informa também que, em 2020, fecharam cerca de 200 lojas nos espaços de comércio integrado por si representados . Este foi o número mais alto alguma vez verificado num só ano, superior mesmo ao que se verificou nos anos da intervenção da troika, sendo expectável que suba em 2021.
Para coordenar a execução deste plano de recuperação, os associados da APCC nomearam Rodrigo Moita de Deus como CEO da organização, cargo recentemente criado.