No ano passado, a Amazon deteve 800 mil esquemas fraudulentos, só na Europa, e já teve de intervir 274 milhões de vezes, no primeiro semestre deste ano, por ofertas potencialmente enganosas ou falsas.
A nova legislação da União Europeia obriga a Amazon a divulgar números sobre a dimensão da sua base de utilizadores e o que faz para os proteger. É considerada um “gatekeeper” online pela nova Lei de Serviços Digitais da União Europeia, o que significa que tem de aderir a regulamentos mais rigorosos em relação à transparência. Num relatório obrigatório, a Amazon revela, assim, pela primeira vez, a sua dimensão na Europa e como frequentemente intervém contra burlões ou ofertas suspeitas.
A plataforma indica ter agora uma média estimada de 181 milhões de utilizadores europeus ativos mensais, avança o Lebensmittel Zeitung. A Alemanha é, de longe, o maior mercado europeu para a Amazon, com cerca de 60,4 milhões de utilizadores, o que significa que quatro em cada cinco alemães visitam a plataforma todos os meses. Os outros grandes mercados europeus são Itália (38,1 milhões de utilizadores ativos mensais), França (34,6 milhões) e Espanha (25,1 milhões).
Abordagem a conteúdos ilegais
A lei também exige que as plataformas com mais de 45 milhões de utilizadores ativos forneçam informações sobre a sua abordagem a conteúdos ilegais. A Amazon diz que, no ano passado, houve 800 mil tentativas de abrir uma conta de vendas com intenções maliciosas, substancialmente menos do que os seis milhões de tentativas em 2020 e 2,5 milhões de tentativas em 2021, já que a empresa hoje implanta tecnologia e aloca recursos humanos para verificar a identidade de potenciais vendedores.
Entre janeiro e junho deste ano, a Amazon interveio 274 milhões de vezes no conteúdo do marketplace: 84,2 milhões de posts acabaram por ser removidos, em 133,6 milhões de casos o conteúdo foi bloqueado. Quase três quartos das intervenções foram automáticas e quase sempre (97%) o algoritmo acertou, diz a empresa.
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