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“Agricultura é também defesa”, afirmou José Manuel Fernandes, ministro da Agricultura e Pescas, na 7.ª Conferência para a Competitividade, sob o mote “Alimentar a Economia”, uma iniciativa organizada pela FIP que se realizou esta quinta-feira, dia 22 de maio, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
O ministro referiu que a acrescentar aos habituais desafios à escala mundial se estão a juntar outros. Nomeadamente, o crescimento da população e o facto de esta se concentrar maioritariamente nas cidades. Sem esquecer as alterações climáticas e o aumento do consumo. Sendo que vivemos num planeta com recursos finitos.
A par disto, a Europa lida ainda com desafios próprios, nomeadamente, ao nível do abastecimento e segurança energética e a questão da natalidade (mais precisamente falta dela).
Razões que levam o ministro da Agricultura e Pescas a afirmar que a agroindústria é um sector estratégico. “É segurança alimentar. É comida no prato”, refere, acrescentando que “temos de estar preparados”, porque, “além de novas pragas, podemos ter novos apagões”.
Sinais positivos
Mas nem tudo é negativo. José Manuel Fernandes fez questão de apontar sinais positivos. É o caso da diminuição do défice do agroalimentar ,que no ano passado reduziu 600 milhões de euros. Na opinião do ministro, Portugal, além de aumentar as exportações, tem margem para diminuir as importações.
“A agricultura não só é estratégica como estrutural”, voltou a frisar José Manuel Fernandes, sublinhando que a digitalização é essencial ao seu desenvolvimento, mas que deve vir acompanhada de investigação. E deu o exemplo do combate às pragas.
Mas há dois pontos em que o ministro considera que se pode melhorar: por um lado, a questão dos seguros, onde, no seu entender, há uma falha e, por outro, a necessidade de fazer algumas alterações na legislação. José Manuel Fernandes considera “inacreditável” que não seja possível o uso de tecnologias como os drones para a pulverização das culturas.
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