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A moda digital pode tornar a indústria mais sustentável?

Com o metaverso, a pandemia de Covid-19 e as crescentes preocupações relacionadas com as alterações climáticas, os designers de moda voltaram-se para plataformas digitais para a divulgação das suas peças. A Louis Vuitton, por exemplo, concebeu um conjunto de “skins” para o jogo League of Legends.

À medida que o vestuário virtual se torna mais acessível aos utilizadores, a moda pode tornar-se numa indústria mais sustentável, permitindo que as pessoas explorem o seu estilo sem necessidade de comprar artigos físicos.

 

Sustentabilidade da moda

Apesar das marcas incorporarem políticas verdes para reduzir os danos ao ambiente, nos últimos anos, a natureza acelerada da indústria da moda fez com que esta fosse um dos maiores sectores de difusão da poluição, em 2021. No entanto, a rápida digitalização ocorreu dentro das empresas de vestuário, uma vez que estas não conseguiram atingir os objetivos de fabrico, em resultado da pandemia, o que abriu o caminho para o vestuário virtual.

As marcas voltaram-se para a projeção virtual, apenas elaborando fisicamente o vestuário depois de um design ter sido estabelecido. Assim, como relatado pela ProSoft VR, o processo de fabrico de um simples vestido reduziu os custos ambientais em cerca de quatro vezes. “À medida que os artigos saem de moda e surgem novas tendências, é criado um ciclo de danos ambientais. Os artigos antigos acabam em aterros, enquanto a criação de novos emite enormes quantidades de CO2 e esgota os recursos hídricos. Os videojogos aliviam esta carga, uma vez que peças não gastas podem, simplesmente, ser eliminadas e substituídas por outros itens com um impacto substancialmente menor“, observa Victoria Trofimova, CEO da Nordcurrent, a maior empresa produtora de jogos da Lituânia.

Embora não completamente livres de impacto, os artigos de vestuário digitais poupam cerca de 3.300 litros de água e produzem 97% menos emissões de carbono por artigo, em comparação com os seus equivalentes físicos. Ao satisfazerem a necessidade de se envolverem com as novas tendências, os consumidores estarão, provavelmente, mais atentos quando comprarem peças físicas, reduzindo os danos a longo prazo.

 

Roupa virtual

Os artigos de vestuário da vida real encontram, cada vez mais, o seu caminho para plataformas digitais. Com casas de estilistas famosos a juntarem-se à tendência, os roupeiros virtuais estão a tornar-se mais semelhantes aos da vida real“, observa Victoria Trofimova. “Ao emular roupas, os utilizadores podem explorar tendências, estilos e marcas sem necessidade de comprar peças físicas e, portanto, reduzindo o impacto ambiental da indústria da moda“, continua.

A tendência é significativamente apoiada pelos jogos de vídeo, uma vez que a personalização de personagens se torna parte integrante de uma experiência imersiva. Jogos como o Pocket Styler permitem ao jogador personalizar totalmente o visual do seu avatar com diferentes roupas e acessórios que podem ser encontrados em lojas da vida real. “As pessoas podem expressar-se usando o Pocket Styler, transferindo os seus gostos e preferências particulares para a versão virtual de si próprias. Os jogadores podem levar o seu tempo a desenvolver um sentido de estilo pessoal, o que é difícil de conseguir na vida real, à medida que as tendências mudam e são gradualmente eliminadas das lojas rapidamente“, explica Victoria Trofimova.

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