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Europa domina inovação na cerveja artesanal

A popularidade da cerveja artesanal disparou em poucos anos, como uma tendência procedente dos Estados Unidos da América, indica a Mintel. Mas a Europa está, agora, a assumir um papel de liderança mundial no que à inovação neste sector diz respeito. 

De acordo com a consultora, há apenas cinco anos, a América do Norte dominava a indústria da cerveja artesanal, concentrando 52% de todos os lançamentos, face aos 29% da Europa. Desde então, os números inverteram. No ano passado, 54% dos lançamentos tiveram origem na Europa e apenas 19% na América do Norte. 

Desde 2013, a cerveja artesanal na Europa experimentou um crescimento de 178%, com lançamentos de novas marcas e produtos. Seis dos 10 mercados mais inovadores, atualmente, são europeus: o Reino Unido, terceiro mercado internacional, com uma taxa de inovação de 8%, a Noruega, Espanha, Itália, França e Suécia. “Nos últimos anos, o interesse na cerveja artesanal emigrou dos Estados Unidos para o Reino Unido e, agora, para a Europa continental. A nossa pesquisa mostra que os europeus estão a adotar a cerveja artesanal porque procuram novas e interessantes ofertas face às suas cervejas habituais, especialmente em mercados como a Alemanha, Bélgica e República Checa, onde os estilos de cerveja não mudam há séculos. Mesmo nestes mercados, o interesse dos consumidores pelas cervejas artesanais oferece amplas oportunidades para os fabricantes“, afirma Jonny Forsyth, diretor associado da Mintel Food & Drink. 

Os consumidores de cerveja na Polónia (64%), França (63%), Itália (61%) e Alemanha (50%) estão interessados em provar diferentes tipos de cerveja artesanal. Os europeus também estão dispostos em pagar mais pela cerveja artesanal, comprovado por 52% dos italianos, 51% dos franceses, 46% dos alemães e 45% dos britânicos. “Craft é sinónimo de premium na categoria de cerveja e os consumidores estão dispostos a pagar mais por pequenas produções feitas de modo artesanal face às industriais. Para estes consumidores, a cerveja artesanal beneficia da sua vontade em ter novas experiências“, acrescenta.

A pesquisa da Mintel revela, contudo, que, para os consumidores europeus, não é tão importante a diferença entre uma cerveja autenticamente artesanal, ou seja, uma produção pequena e independente, e uma marca artesanal que seja propriedade de uma grande empresa. “O termo ‘artesanal’ carece de uma definição formal, o que permitiu às grandes cervejeiras capitalizar o interesse nas mesmas, lançando os seus próprios estilos de cerveja artesanal ou adquirindo pequenas cervejeiras. Esta prática não dá sinais de desaceleração. Portanto, uma definição clara e válida para toda a indústria poderá ser especialmente útil tanto para os fabricantes mais pequenos como para os consumidores europeus”, conclui Jonny Forsyth.

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