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Eurowag revela como a IA, a descarbonização e a eficiência estão a redesenhar o transporte rodoviário até 2026

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A Eurowag apresentou a segunda edição do relatório Transforming Transportation in 2026, um mapa atualizado do transporte rodoviário comercial (CRT) em sete mercados europeus – incluindo Portugal – que identifica as empresas mais avançadas em liderança de mercado, inovação tecnológica e sustentabilidade. O documento oferece uma visão clara de como as transportadoras estão a responder às pressões crescentes da digitalização, da descarbonização e da necessidade de maior eficiência operacional.

O relatório confirma aquilo que o sector já vinha a sentir no terreno: tecnologias como inteligência artificial, gestão integrada de frotas, telemática avançada e processos administrativos automatizados não são mais um diferencial competitivo, mas sim a base das operações.
Segundo Tiago Areias, Country Manager da Eurowag Portugal, “estamos a assistir a uma clara mudança da experimentação para a aplicação prática”. As empresas que investem em IA e otimização de rotas conseguem reduzir custos operacionais, acelerar decisões e obter ganhos imediatos na gestão diária da frota.

Descarbonização torna-se pré-requisito para competir

A transição energética é outro ponto central do relatório. As transportadoras começam a operar frotas alimentadas por fontes de energia diversificadas – HVO, bioGNL ou eletricidade – e enfrentam um contexto em que os relatórios ESG e dados fiáveis de emissões se tornaram obrigatórios para concorrer a contratos públicos e privados.

  • O HVO surge como solução intermédia para reduzir emissões sem necessidade de renovação imediata da frota.
  • O bioGNL atinge maturidade nas rotas internacionais graças à disponibilidade de infraestrutura.
  • Os veículos elétricos afirmam-se no transporte regional, impulsionados pelas exigências dos embarcadores.

Empresas sem frotas descarbonizadas e sem métricas auditáveis começam a perder terreno no acesso a contratos premium.

Quilómetros em vazio passam a KPI estratégico

Uma das métricas que ganha novo protagonismo é a percentagem de quilómetros em vazio, agora tratada como indicador essencial na rentabilidade e no cumprimento de metas ambientais.
O objetivo – ter menos de 20% de quilómetros não produtivos – está a tornar-se padrão, impulsionado pela telemática e por algoritmos de IA que permitem combinar cargas, melhorar planeamentos e reduzir emissões sem investimento adicional.

Outro destaque é a evolução da telemática para instrumento de capacitação de condutores. Com soluções como a Driver’s Coaching Tool da Eurowag, as empresas podem avaliar parâmetros como padrões de travagem, utilização do cruise control ou pressão dos pneus, alimentando programas de formação personalizados que reduzem custos de combustível e desgaste de viaturas.

Empresas portuguesas em destaque

Na análise ao mercado nacional, a Eurowag identifica três operadores portugueses que se destacam em liderança, inovação tecnológica e sustentabilidade.

Jotavio – Transportes (Market Leader)

Especializada em produtos frescos, lidera pelo crescimento sustentado e pela adoção precoce de ferramentas de IA. Registou um aumento de 22% nas receitas no primeiro semestre de 2025 e prepara-se para introduzir camiões elétricos em 2026.

Transmarsil – Transportes (Tech Trailblazer)

Com mais de 30 anos de atividade, a empresa algarvia integra digitalização em todos os processos: telemática, tacógrafos digitais, gestão de RH automatizada e cartões Eurowag ADS. O foco é eficiência e controlo absoluto sobre custos.

Manuel & Miranda Transportes (Sustainability Star)

Referência ibérica na aposta contínua em GNL, auditorias energéticas e formação. Mantém um compromisso ambiental consistente desde 2018, mesmo perante desafios de infraestrutura e custo energético.

Um sector em transformação acelerada

O relatório conclui que o CRT europeu vive um momento decisivo: a combinação de tecnologia, metas ambientais mais exigentes e necessidade de maior eficiência obriga as empresas a repensar modelos operacionais. As que conseguirem integrar estes eixos – digitalização, descarbonização e eficiência – estarão mais bem posicionadas para competir num mercado cada vez mais regulado, transparente e orientado para resultados mensuráveis.

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