Com 175 anos de legado, Periquita é muito mais do que um vinho — é um símbolo da portugalidade, um clássico moderno que atravessou gerações, fronteiras e momentos históricos. Da monarquia aos dias de hoje, manteve-se fiel às suas raízes, mas sempre atento ao futuro.
Periquita é o vinho de mesa mais antigo de Portugal. Que significado tem este legado para a José Maria da Fonseca?
O facto de Periquita ser o vinho de mesa mais antigo de Portugal tem um significado que vai muito além da longevidade comercial. Representa um património cultural e histórico, um testemunho vivo da nossa vitivinicultura. É também sinónimo de confiança, consistência e capacidade de inovar sem perder a essência. É um embaixador do país no mundo e parte da memória afetiva de muitas famílias.
Como se mantém viva e relevante uma marca com 175 anos, num tempo em que os consumidores mudam tão rapidamente?
Honrando o passado e brindando ao futuro. Sempre com qualidade, autenticidade e proximidade. Ao longo dos anos, evoluímos no paladar, inovámos na apresentação e abraçámos novos consumidores, mantendo intacta a essência que nos tornou um ícone.
A ligação à portugalidade é um dos pilares da marca. Como se traduz isso no vinho e na comunicação?
Periquita é Portugal engarrafado. Desde as castas autóctones e terroir da Península de Setúbal, até às histórias que contamos, celebramos tradições, gastronomia e hospitalidade. É essa alma portuguesa que nos torna mais do que um vinho — somos um símbolo daquilo que somos como povo.
O rebranding recente dá destaque ao brasão da Ordem da Torre e Espada. Que mensagem querem transmitir?
Queremos reforçar a nobreza da nossa história e o prestígio conquistado ao longo dos anos. Este símbolo é um selo de honra e autenticidade, que liga passado e presente, transmitindo confiança e orgulho em ser um ícone português.
A campanha “Moderno desde 1850” procura aproximar tradição e modernidade. Qual é o objetivo?
Queremos mostrar que ser clássico é ser intemporal. Periquita continua vibrante e atual, alinhado com os novos tempos, sem perder as suas raízes. É um convite para inovar e surpreender, mantendo viva a tradição.
Periquita está presente em mais de 70 mercados e é líder no Brasil. Como se constrói essa ponte entre tradição e globalização?
Mantendo o carácter genuíno das nossas castas e terroir, mas adaptando a comunicação e experiências a diferentes culturas e paladares. Levamos Portugal a cada mesa, com autenticidade e sensibilidade para falar a língua de quem nos recebe.
A Confraria da Periquita já reúne personalidades de 14 países. Que importância tem este projeto?
Mais do que um clube de apreciadores, é uma rede internacional de embaixadores que reforça o prestígio da marca e leva a portugalidade além-fronteiras.
Num mundo de tendências efémeras, como se comunica longevidade sem parecer ultrapassado?
Falando de relevância, não de idade. A longevidade é sinónimo de credibilidade e capacidade de se reinventar.
Ao celebrar 175 anos, qual é a visão para o futuro?
Continuar a ser um embaixador da cultura portuguesa no mundo do vinho, valorizando as castas autóctones e o terroir da Península de Setúbal, adaptando-nos a novas gerações e paladares internacionais e mantendo a inovação como motor de evolução.
A visão para o futuro passa por continuar a ser um embaixador da cultura portuguesa no universo global do vinho. Isso significa valorizar as castas autóctones e o terroir único da Península de Setúbal, enquanto adapta a comunicação, o design e a oferta para dialogar com as novas gerações e diferentes paladares internacionais. A José Maria da Fonseca acredita que o Periquita continuará a construir pontes entre a tradição e a modernidade, entre o local e o global, entre o passado e o presente.