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O Grupo STEF apresentou os resultados do primeiro semestre de 2025, aprovados pelo Conselho de Administração a 4 de setembro. Apesar do aumento de 6,4% no volume de negócios, para 2.474,1 milhões de euros, os lucros caíram significativamente, penalizados por fatores excecionais.
O resultado operacional (EBIT) recuou 47,6%, para 55,9 milhões de euros, enquanto o resultado líquido consolidado caiu 76,7%, fixando-se nos 15,8 milhões de euros. Segundo Stanislas Lemor, presidente e diretor-geral do Grupo, os números refletem “um bom desempenho operacional afetado por três eventos excecionais desfavoráveis”: um ajustamento extraordinário de IVA em Itália, o aumento da pressão fiscal em França e os custos de integração das aquisições nos países do Benelux.
França mantém resiliência, Itália penaliza contas
A STEF França registou um desempenho global positivo, com crescimento na atividade retalhista e no food service, apoiado por novos contratos, apesar da pressão fiscal adicional de 5,3 milhões de euros. Já a área de Produtos Congelados sofreu com a retração do consumo e a reestruturação do retalho.
No plano internacional, a situação foi mais contrastante. Em Itália, o grupo foi confrontado com uma regularização excecional de IVA, que levou à constituição de uma provisão de 31 milhões de euros, afetando fortemente os resultados. Em contrapartida, a STEF Iberia beneficiou da integração da Montfrisa e da conquista de quota de mercado, enquanto Portugal mantém uma trajetória de crescimento, com a inauguração de uma nova unidade prevista para breve. Já a Bélgica e os Países Baixos registaram perdas, refletindo custos de integração, enquanto o Reino Unido manteve estabilidade apesar de ligeira queda nos volumes.
Estratégia e perspetivas
Apesar do impacto destes fatores no semestre, a administração mantém confiança no futuro. “Estes resultados não refletem o potencial estrutural do Grupo nem a nossa visão de longo prazo”, sublinhou Lemor, destacando a aquisição da suíça Christian Cavegn AG, concluída em agosto, que permitirá cobertura territorial completa naquele mercado.
O Grupo reafirma a ambição definida no seu plano estratégico 2022-2026, que prevê alcançar 5 mil milhões de euros de volume de negócios até 2026 e consolidar a liderança em todos os países onde atua.
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