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A Auchan França foi recentemente alvo de um ciberataque que resultou no roubo de dados pessoais de centenas de milhares de clientes franceses associados ao seu programa de fidelização.
De acordo com a Auchan, os dados comprometidos incluem nomes próprios e apelidos, endereços de e-mail, moradas postais, números de telefone e números de cartões de fidelização. A empresa assegura, contudo, que dados bancários, palavras-passe, códigos PIN ou saldos dos cartões de fidelização não foram afetados.
A Auchan confirmou que o incidente já foi contido e que os clientes afetados estão a ser notificados individualmente. A empresa também comunicou a violação à Comissão Nacional de Informática e Liberdades (CNIL), entidade reguladora da proteção de dados em França.
Além dos consumidores franceses, dados de clientes belgas também poderão estar entre os comprometidos, dada a forte presença da Auchan na Bélgica, de acordo com o portal Retail Detail.
Ataques cibernéticos no retalho
Este não é o primeiro incidente de cibersegurança que envolve a Auchan. Em novembro de 2024, a empresa já tinha sido alvo de uma intrusão semelhante, o que destaca uma crescente tendência de ataques cibernéticos contra grandes empresas em França.
Este mês, a Bouygues Telecom, outro gigante francês, sofreu uma violação de dados que comprometeu mais de seis milhões de contas de clientes, incluindo informações bancárias.
Em abril, a Marks & Spencer relatou um ataque cibernético que, até maio de 2025, custou à empresa mais de 60 milhões de libras (71,26 milhões de euros) em lucros perdidos, de acordo com uma reportagem da Reuters. A empresa viu o seu valor de mercado reduzir-se em mais de 1,2 mil milhões de libras desde o ataque.
Também a marca de joalharia Pandora foi alvo de um ciberataque, num incidente terá tido origem numa plataforma externa ligada ao ecossistema digital da marca, não envolvendo, à partida, dados financeiros.