O comércio de bens nos 27 Estados-membro da União Europeia foi fortemente impactado pela pandemia do novo coronavírus em 2020, de acordo com os últimos dados do Eurostat. Neste período, as exportações diminuíram 9,4%, em termos homólogos, enquanto as importações caíram 11,6%.
A balança comercial externa de bens registou um excedente de 217 mil milhões de euros, em 2020. Após ter assinalado um pequeno déficit, em 2011, a balança comercial da União Europeia registou, subsequentemente, um excedente contínuo, chegando a 264 mil milhões de euros em 2016, observa o Eurostat. O excedente diminuiu, em 2017 e 2018, e aumentou novamente, em 2019 e 2020.
Na última década, a taxa de crescimento das exportações decresceu acentuadamente, em 2020, após permanecer positiva até 2019, com valores excecionalmente elevados de 12%, em 2011, e 9%, em 2012.
O crescimento das importações também registou crescimento significativo, em 2017 e 2018, antes de fechar a década, com uma queda acentuada em 2020.
A taxa de crescimento das importações na União Europeia atingiu o pico, em 2011 para 12%, seguida de pequenas flutuações, entre 2012 e 2015.
Padrão de negociação
A maioria dos Estados-membro da União Europeia negociou, principalmente, dentro do mercado único europeu em 2020, mostraram os dados.
A proporção dos fluxos intracomunitários e extracomunitários no comércio total de mercadorias variou consideravelmente, refletindo os laços históricos e a localização geográfica.
O Luxemburgo relatou a maior parcela do comércio intra-UE, em 2020, tanto para as importações quanto para as exportações entre os Estados-membro.
A Irlanda viu a maior parte do comércio, tanto para as importações quanto para as exportações, com países terceiros, com o Reino Unido como seu primeiro parceiro comercial.
Em 2020, a Holanda foi a porta de entrada da União Europeia, importando uma grande parte de mercadorias de terceiros países e despachando-as.