A maioria dos portugueses viaja entre duas a três vezes durante o verão (48%), com um número significativo a optar por viajar apenas uma vez (37%). Questionados sobre qual a principal motivação para viajar, 49% afirma “descansar e relaxar”, 15% refere “visitar familiares e amigos” e 14% diz “conhecer novas culturas”.
Assim conclui o estudo online da ConsumerChoice, que tentou perceber quais as preferências e preocupações dos portugueses sobre as suas viagens durante esta época. Esta análise destaca ainda as preocupações e as estratégias de adaptação dos consumidores face aos desafios atuais, como a segurança e a inteligência artificial.
Destinos mais populares
Em relação ao planeamento das férias, 38% dos portugueses começam a planear as mesmas com aproximadamente um a três meses de antecedência e 26% com menos de um mês ou entre quatro a seis meses. O estudo revelou ainda que os destinos nacionais, sobretudo as praias marítimas, são os mais populares (33%), enquanto os internacionais como praias e cidades também são mencionados por alguns dos consumidores (17% e 15%, respetivamente). Os fatores que mais influenciam na escolha do destino, para além do preço, incluem o clima (17%), a facilidade de acesso (14%) e a segurança (14%).
No geral, os entrevistados demonstram uma opinião positiva no que toca à utilização de inteligência artificial para personalizar a experiência de viagem, 46% são favoráveis e 18% são muito favoráveis. Apenas 4% mostra-se desfavorável ou muito desfavorável (1%). Apesar da opinião favorável, apenas 21% dos inquiridos já usaram ferramentas de IA, como o Chat GPT para planear as suas viagens.
Os portugueses acreditam que a utilização da IA pode ajudar também a conseguirem as melhores dicas (19%), recomendações personalizadas (18%), sugestões de atividades locais (15%), tradução e interpretação de idiomas (11%), gestão de reservas e organização da viagem (10%), atendimento ao cliente (10%), maior controlo e ajuda a gerir despesas (8%), sugestões gastronómicas (5%) e informações sobre segurança e saúde (4%).
De acordo com o estudo, a segurança é um fator determinante para a esmagadora maioria dos portugueses na escolha dos seus destinos de viagem, com 96% a considerar este aspeto crucial. 62% dos inquiridos afirma mesmo ter evitado viajar para certos destinos devido a preocupações com a sua segurança. Os principais destinos evitados estão relacionados com regiões em conflito, áreas com altos índices de criminalidade e locais recentemente afetados por desastres naturais e outros, sendo que os mais citados foram: o Brasil, Egito, Israel, Marrocos, Rússia e Ucrânia.
O estudo destaca, ainda, que a preocupação com a sustentabilidade está a crescer entre os portugueses, com 79% dos participantes a considerarem o comboio uma alternativa prática ao avião para reduzirem a sua pegada carbónica. Contudo, só 28% optaram por viagens de comboio em vez de voos para destinos europeus, enquanto 72% preferem o avião.
Quanto à importância das agências de viagens na criação de uma experiência turística de qualidade, 51% considera estas empresas relevantes e 20% muito importantes. Inclusive, 68% utiliza ou já utilizou uma agência de viagens para planear as suas férias, em contraste com os 32% que nunca recorreram a estes serviços.
A diminuição de preocupações (22%), o apoio durante as viagens (16%) e o acesso a ofertas exclusivas (13%) são os principais benefícios identificados, pelos portugueses, ao utilizarem agências de viagens.