De acordo com um novo estudo global da IBM e do The Consumer Goods Forum (CGF), 61% dos líderes de bens de consumo, tanto europeus como mundiais, está a alinhar propositadamente as suas metas operacionais e de sustentabilidade, com 77% dos entrevistados a afirmar que os investimentos em sustentabilidade irão acelerar o crescimento do seu negócio.
Os entrevistados europeus indicaram que as suas empresas irão aumentar os orçamentos de tecnologia em 39% (34% a nível global), nos próximos três anos, a fim de cumprirem a promessa de operacionalizarem a sustentabilidade.
O estudo, intitulado “Redesenhar os valores da marca: O objetivo e o benefício convergem no centro das operações”, entrevistou 1.800 executivos de empresas de bens de consumo em 23 países. Segundo o mesmo, estas empresas estão a integrar a sustentabilidade nas suas operações, recalibrando a medição e a comunicação da sustentabilidade, bem como aumentando o seu investimento em tecnologia como forma de ajudar a atingir as suas metas de sustentabilidade.
“Os consumidores estão a pensar recompensar as empresas que estejam focadas na sustentabilidade e os Fast Moving Consumer Goods estão atentos“, afirma Ruediger Hagedorn, CGF End-to-End Value Chain Director. “Ao juntar sustentabilidade com eficiência operacional, as empresas estão a redesenhar proacivamente a sua cadeia de abastecimento e as operações de produção para impulsionar o crescimento e mitigar riscos. Este estudo fornece informações valiosas sobre a tomada de decisões globais ao nível da administração, procurando preparar o sector de bens de consumo para um futuro mais sustentável.”
Integração de sustentabilidade e operações
61% dos líderes de bens de consumo entrevistados, tanto a nível global como europeu, está a alinhar propositadamente metas de sustentabilidade e operacionais para otimizar investimentos e esforços, com 69% dos líderes europeus, 77% a nível global, a concordar que os investimentos em sustentabilidade irão acelerar o crescimento do negócio.
Esta integração estratégica está a resultar em iniciativas inovadoras, tais como embalagens sustentáveis, processos de produção energeticamente eficientes e fornecimento ético de materiais.
Recalibração da medição e comunicação da sustentabilidade
Quase 80% dos líderes a nível europeu (74% a nível mundial) concorda com a necessidade de recalibrar a forma como medem e reportam as metas de sustentabilidade. No entanto, muitos não têm capacidade para monitorizar e medir o progresso em tempo real. O estudo destaca a importância de estabelecer uma base de dados sólida e melhorar as capacidades de recolha de dados para impulsionar a transparência e a confiança.
Tirar partido da tecnologia para operacionalizar a sustentabilidade
As empresas estão a voltar-se para a tecnologia para cumprir efetivamente as promessas de sustentabilidade, com os líderes a considerarem várias tecnologias avançadas, incluindo automação (71%), analítica (69%), IoT (62%), IA (55%) e fluxos de trabalho inteligentes (44%). À medida que renovam as suas operações da cadeia de abastecimento, 67% cita o uso de analítica preditiva e prescritiva e deteção de procura alimentada por inteligência artificial (69%) para melhorar a gestão de stock e eliminar o excesso do mesmo. Também estão a aplicar fluxos de trabalho suportados por inteligência artificial (70%) e a começar a adotar a tecnologia emergente de “digital twins” (26%) para impulsionar a eficiência.
Sustentabilidade
“No mundo de hoje, os consumidores procuram ativamente marcas que reflitam os seus valores, tornando a integração da sustentabilidade um diferencial importante para as empresas de bens de consumo e para os seus distribuidores”, indica Luq Niazi, Global Managing Partner for Industries da IBM. “A incorporação significativa da sustentabilidade nas operações da marca só pode ser alcançada através de uma combinação robusta de processos de negócio, tecnologia, parcerias com ecossistemas e colaboração C-suite nas áreas de produção, tecnologia, operações, cadeia de abastecimento e sustentabilidade. Ao adotar esta abordagem holística, os executivos do sector de consumo podem ajudar a impulsionar o desempenho sustentável dos negócios para aproveitar uma parcela maior dos gastos do consumidor“.
O estudo apresenta exemplos bem-sucedidos de empresas de bens de consumo, incluindo a Levi Strauss, Pandora, Reckitt, Unilever e Walmart, que já começaram a utilizar a tecnologia para a sustentabilidade e a colher os seus benefícios. Estes negócios servem de inspiração para outras empresas que procuram impulsionar mudanças positivas nas suas operações comerciais.