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O mais recente “Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal” promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform deteta diversas deficiências na gestão da política de riscos comerciais das empresas.
Apenas 16% das empresas portuguesas criou comités de risco comercial que permitem a revisão, aprovação e recomendação de limites na exposição ao risco, para controlar de forma sistemática e transversal a evolução da sua carteira de clientes.
De acordo com os dados obtidos a partir da consulta a mais de 300 gestores de empresas, 63% das empresas inquiridas não tem integrado o uso de critérios de solvência na seleção de clientes, 95% também não conta com qualquer manual interno que defina a política de riscos comerciais e em 27% dos casos não há nenhum departamento responsável pela sua gestão.

A direção de topo tem uma forte influência na definição da política de riscos comerciais. De acordo com o estudo, o principal executivo de 48% das empresas está diretamente envolvido na gestão do risco de crédito.

Face a este papel do diretor geral como último decisor, a existência de unidades de risco continua a registar valores mínimos: apenas 8% das empresas conta com áreas especializadas na gestão de risco de crédito comercial. O peso da gestão técnica da política de riscos comerciais continua a recair, como uma tarefa mais, sobre os departamentos financeiros (47% das empresas), ocasionalmente em coordenação com as direções comerciais (18% das empresas) que fazem a gestão direta da carteira de clientes e a prospeção de vendas no mercado potencial.




