De acordo com o Insight View, 28% das empresas de trabalho temporário apresenta um baixo risco de incumprimento.
Em relação ao volume de negócios, este sector tem mostrado um crescimento bastante sólido nos últimos anos, no entanto, foi altamente afetado pela pandemia no ano de 2020. Contudo, apresentou um aumento de 21% na faturação, tendo feito uma recuperação para valores muito próximos dos que se registaram em 2019 (-2,4%), sendo 45% do total relativo a exportações.
Segundo os dados, existe uma enorme dispersão das empresas de trabalho temporário, sendo a sua concentração maior entre os grandes centros urbanos: Lisboa (35%), Porto (15%), Braga (10%), Setúbal (8%) e Santarém (5%). Dos cinco distritos líderes do sector, Porto é o que apresenta a maior deterioração do risco de crédito: 23% das empresas do sector encontra-se num nível máximo ou elevado de incumprimento. Seguem-se Santarém, com 20%, Setúbal (17%), Braga (13%) e Lisboa (10%).
As empresas de trabalho temporário que foram constituídas nos últimos cinco anos totalizam 56%, enquanto 27% já tem entre seis e 15 anos. Cerca de 12% das empresas foi constituído há entre 16 e 25 anos, sendo que 6% tem mais de 25 anos.
As empresas com mais de 25 anos são as que lideram no que toca a volume de negócios, com um total de 43% do sector, seguidas das que têm entre 16 e 25 anos (25%), as de seis a 10 anos (17%), 11 a 15 anos e dois a cinco anos (8% ambas). As empresas com menos de um ano têm uma representatividade muito baixa, com um valor muito próximo de 0%.
Dimensão das empresas
Quanto à dimensão das empresas, o sector é composto quase na sua totalidade por micro e pequenas empresas, que totalizam aproximadamente 90%. As restantes dividem-se por empresas médias (8%) e de grande dimensão (2%).
Contudo, em termos de volume de negócios, as microempresas apenas representam 1% do total de volume de negócios. As pequenas empresas faturam 24% do total das empresas de trabalho temporário e as de média dimensão 33%. Apesar de existirem apenas 2% de empresas com grande dimensão, estas lideram no total de faturação, com 42%.
Na evolução da tesouraria, os prazos médios de pagamentos a fornecedores mantiveram-se nos 84 dias no último exercício financeiro. No entanto, os prazos médios de recebimentos de clientes diminuíram de 88 para 78 dias. Estes números demonstram que as empresas de trabalho temporário, neste momento, conseguem financiar-se com o dinheiro dos seus clientes, já que recebem antes de pagar aos seus fornecedores.
