52% dos fabricantes de produtos de grande consumo e alta rotação espanhóis afirmam não saber como minimizar o excesso de produção, segundo o estudo elaborado pela multinacional espanhola de software Think & Grow.
O inquérito, que envolveu uma centena de fabricantes de alimentação e cosmética, assinala também que 67% das fábricas do sector produzem 4% a 8% mais do que o necessário para satisfazer a procura. Facto para o qual a Think & Grow alerta, dado que se encontra muito acima do que se pode considerar uma margem de tolerância adequada, situada entre 1% e 3%.
De acordo com a empresa de software, esta situação prejudica significativamente os lucros das empresas, em percentagens que variam consoante os produtos e matérias-primas empregues no fabrico. Entre os principais motivos para esta situação o estudo destaca a impossibilidade de controlo em tempo real das unidades colocadas em cada embalagem e os ciclos de vida cada vez mais curtos dos produtos, dadas as cambiantes preferências dos consumidores. Assim como a baixa qualidade dos materiais auxiliares, nomeadamente os relacionados com o “packaging”, e a sazonalidade de alguns produtos, fatores que também agravam o excesso de produção.
No entender de David Fernández, diretor da divisão industrial da Think & Growth, existe um claro problema de obsolescência da maquinaria e procedimentos de controlo. Para o gestor, a aplicação, em qualquer processo de fabrico, de um sistema de captura automática de dados permitiria reduzir consideravelmente o tempo para tomar as medidas corretivas face a um problema de produção.
