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2021 com erosão das margens

O retalho europeu irá manter uma evolução estável em 2021, segundo prevê um estudo da Moody’s. A procura deverá recuperar, graças ao e-commerce, embora este fenómeno seja também responsável por uma diminuição das margens.

Esta estabilidade do negócio passa por uma melhoria no volume de vendas e receitas em grande parte dos operadores, embora muitos se mantenham abaixo dos níveis de 2019. “A nossa previsão para o sector retalhista na Europa, para o próximo ano, está em linha com as nossas expectativas de volume de vendas continuado do sector e de recuperação dos lucros, embora se mantenham, ainda, abaixo dos níveis de 2019. Dito isto, a recuperação será muito mais lenta para os retalhistas expostos a sectores como o turismo e as viagens”, afirma Francesco Bozzano, vice-presidente e analista sénior da Moody’s Investor Service

A agência perspetiva que, no caso do crescimento dos lucros superar os 4%, durante o próximo ano e meio, ou a campanha de vacinação contra a Covid-19 seja bem-sucedida, a expectativa de crescimento para o sector poderá mudar para positiva. Mas ressalva que outros fatores, como um atraso na recuperação económica, uma maior pressão sobre os preços e a continuação das medidas de confinamento, sem o apoio governamental adequado para as empresas, poderá mudar a sua previsão para negativa.

 

Prognósticos

O estudo avança com uma série de prognósticos sobre alguns retalhistas. No caso do El Corte Inglés, a Moody’s avança que deverá aumentar o seu EBITDA em mais de 20%, embora a sua evolução ainda esteja abaixo do valor alcançado em 2019.

Este nível de crescimento será também atingido por retalhistas como a a Marks & Spencer, a Ocado, a Tendam, a Pronovias, a Ceconomy, a Adidas, a Burberry e a Douglas, entre outros.

Com uma melhoria entre 8% e 20%, a Moody’s indica a DIA, a Metro, a Tesco, o X5 Retail Group e a Fnac Darty.

Já com melhorias entre 4% e 8% estão previstos o Carrefour, a Morrisons e a Hema, enquanto que outros retalhistas, como a Ahold Delhaize, o Casino, a Iceland ou a Esselunga se situarão no intervalo entre uma queda de 4% e um crescimento de 4%, em 2021.

 

Menos margens

A Moody’s considera provável que a pandemia acelere a transformação do retalho na Europa, especialmente no que à digitalização concerne. Assim, o peso crescente das vendas online está, de acordo com a agência de notação financeira, a canibalizar o negócio das lojas físicas e a provocar uma erosão das margens dos retalhistas “brick and mortar”.

A digitalização das lojas físicas, assim como as suas iniciativas de marketing e vendas, deverão representar custos adicionais antes de poderem vir a oferecer uma maior eficiência.

Em determinados mercados, é provável que a preocupação com a saúde pública resultante da pandemia, bem como a crescente desigualdade e os novos desafios sociais tenham implicações ao nível da saúde financeira dos retalhistas em 2021.

 

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