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1/3 dos comerciantes chumba na análise da conformidade legal dos descontos apresentados

Consumidor
Foto Shutterstock

Cada vez mais, os descontos são procurados pelos consumidores, mas, nem sempre são reais, considera a DECO. O preço de venda ao público recomendado (PVPR) é usado por muitas lojas para comparar preços ou anunciar grandes promoções. Muitos compradores são, contudo, induzidos em erro e, frequentemente, acreditam que estão na presença de uma boa oportunidade de compra (preço mais baixo dos últimos 30 dias na loja), quando, na realidade, não é bem assim.

No estudo recentemente conduzido pela DECO PROTESTE, para verificar a aplicação da lei das promoções, o resultado foi revelador: “mais de um terço dos comerciantes viola claramente a lei”, avança a associação.

 

37% das lojas comete ilegalidades

37% das 92 lojas físicas e online analisadas comete ilegalidades quando anunciam descontos, “porque o desconto só existe se houver uma poupança face ao preço mais baixo a que o produto foi vendido na mesma loja nos 30 dias consecutivos anteriores à redução do preço”, avança a DECO PROTESTE.

Para além disto, o novo preço e o preço anterior têm de estar bem visíveis nas etiquetas dos produtos, assim como as datas de início e do fim da promoção.

“A nossa missão é alertar o consumidor para a prática de falsas promoções. A lógica de uma ponderação do desconto a 30 dias permite evitar uma oscilação aleatória do preço, impedindo os consumidores de perceberem se efetivamente desceu ou subiu. Daí a importância destes 30 dias de média”, alerta Sofia Lima, da DECO PROTESTE.

 

ASAE alertada

Nesse sentido, a DECO PROTESTE contactou a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) requerendo-lhe “um controlo mais efetivo da aplicação da lei, de forma que os consumidores fiquem mais protegidos”.

Simultaneamente, a organização incentiva os consumidores a aderirem à campanha sobre o PVPR – em deco.proteste.pt/pvpr – e a partilharem fotografias que documentem situações em que exista um desconto não cumpra as regras. Após validação da DECO PROTESTE, a queixa será reencaminhada para a ASAE.

“Quando fizer compras online, consulte também a ferramenta Comparar Preços da DECO PROTESTE: aqui poderá perceber se o produto pesquisado está a um bom preço, tendo em conta o seu historial na loja nos sete, 30 e 90 dias anteriores. Esta ferramenta mostra ainda os preços da concorrência, onde o produto pode estar mais barato”, conclui a associação em comunicado.

 

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