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Volume de negócios das empresas não financeiras aumenta 11,1%

O volume de negócios das empresas não financeiras em Portugal aumentou 31.396 milhões de euros, em 2017, cerca de 11,1%, para os 313.366 milhões de euros, com as exportações de bens e serviços a crescerem 12,3% e a taxa de exportação a evoluir de 20,3% para 20,5%.

Este é um dos dados apurados no mais recente Panorama Empresarial Portugal 2016/2017, estudo elaborado pela Iberinform que oferece uma visão global das empresas não financeiras com atividade relevante em Portugal.

As empresas não financeiras aumentaram 14,9% para um total de 287.180 companhias e geraram 237.426 novos empregos (incremento de 10,5%) para um total de 2.503. Destas, 13.244 estão ligadas à investigação e desenvolvimento, o que traduz um aumento de 19,2% em relação a 2016, com destaque para as áreas de tecnologias de informação e informática e automóvel. Os maiores acréscimos na geração de emprego estão nos sectores do turismo, construção, saúde, vestuário e calçado, alimentação (nomeadamente distribuição), automóvel, informática e serviços prestados às empresas.

Em 2017, o resultado económico bruto das empresas não financeiras aumentou para 34.600 milhões de euros (10,2%), enquanto os custos de financiamento diminuíram 755 milhões de euros (menos 9,3%), para 7.335 milhões de euros. O imposto sobre o rendimento teve um incremento de 662 milhões de euros (18,5%), para um valor de 4.248 milhões de euros. O resultado líquido de impostos aumentou para 21.373 milhões de euros (18% ou 3.267milhões de euros).

A caixa gerada pelas operações das empresas não financeiras em Portugal em 2017 aumentou 11,4% para 53.710 milhões de euros e o cash flow teve um incremento de 32,1% (2.683 milhões de euros), atingindo os 11.046 milhões de euros. Observou-se nesse período uma evolução de 5,3% no investimento total realizado pelas empresas não financeiras, que totalizou 471.103 milhões de euros. O investimento económico foi determinante neste aumento, com mais 23.207 milhões de euros (aumento de 8,8%) para um total de 288.386 milhões de euros, enquanto o investimento financeiro quase estagnou nos 182.716 milhões de euros (incremento de 0,2%).

O capital próprio das empresas cresceu 7,7% (11.996 milhões de euros) para 168.121 milhões de euros, enquanto o capital alheio remunerado aumentou 2,5%, atingindo os 166.249 milhões de euros. O capital alheio não remunerado aumentou 5,7% para 136.733 milhões de euros, com destaque para o crédito de fornecedores que aumentou 3.479 milhões de euros, para 46.287 milhões de euros (mais 8,1%).

Verificou-se, assim, uma redução do risco económico, financeiro e de tesouraria nas empresas não financeiras, mas observou-se um risco estratégico similar a 2016. Apesar da ligeira diminuição da produtividade, houve um incremento da taxa de margem de segurança económica de 8,1% para 9,5%. A diminuição do risco financeiro das empresas foi mais significativa, mas manteve-se um nível de endividamento remunerado elevado, acima dos limites de risco mais favoráveis. O risco de tesouraria também foi reduzido, com a taxa de margem de segurança financeira a passar de 11,1% para 13,2%.  O prazo médio de recebimentos foi reduzido de 77 para 74 dias e o prazo médio de pagamentos a fornecedores evoluiu de 72 para 70 dias.

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