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União Europeia formaliza denúncia na OMC contra tarifas chinesas ao brandy europeu

A União Europeia oficializou uma queixa junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas impostas pela China sobre o brandy europeu.

Segundo Bruxelas, estas tarifas, que variam entre 30,6% e 39%, constituem uma represália às medidas adotadas pelo bloco europeu contra os veículos elétricos chineses.

 

Tensões comerciais escalam

A decisão surge após a União Europeia confirmar que as tarifas sobre os veículos elétricos chineses serão permanentes pelos próximos cinco anos. Em resposta, a China introduziu tarifas elevadas sobre marcas de brandy europeias.

Segundo a Comissão Europeia, as medidas chinesas são “infundadas” e representam um “uso indevido” das regras comerciais multilaterais. Bruxelas acusa Pequim de não ter demonstrado que as exportações de brandy europeu representam uma ameaça à sua indústria nacional.

 

Próximos passos 

Com a denúncia formal, a China tem dez dias para responder e iniciar negociações bilaterais. Caso não haja acordo, a disputa será submetida a um painel de arbitragem da OMC.

Além do impacto no brandy, há receios de que a retaliação chinesa se expanda para outros produtos europeus, como o sector de carne suína, particularmente vulnerável.

A resposta à política chinesa divide os Estados-membros da União Europeia. França lidera a postura mais rígida contra Pequim, enquanto países como a Alemanha e a Espanha adotaram posições mais cautelosas. A Alemanha, que depende significativamente do mercado chinês para as suas exportações no sector automóvel, votou contra as tarifas.

As tarifas chinesas ameaçam um sector importante para o sul da Europa, especialmente em Espanha e França, onde o brandy é um produto-chave para exportação.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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