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Transferências imediatas e cartões de débito são os meios de pagamento mais usados pelos portugueses

Relatório da Minsait Payments identifica tendências para o sector em 2024

As transferências imediatas e os cartões de débito foram os meios de pagamento preferidos e mais utilizados pelos portugueses, em 2023. Esta é uma das principais conclusões do XIII Relatório de Tendências de Meios de Pagamento divulgado pela Minsait Payments, uma empresa da Indra, que identifica ainda as principais tendências que serão fundamentais para o sector em 2024.

O relatório revela como a utilização de pagamentos eletrónicos está a generalizar-se na América Latina e a acelerar na Europa, onde cerca de um terço dos europeus afirma ter-se tornado digital nos últimos três anos, na sequência da pandemia da Covid-19 e coincidindo com a ascensão de outros métodos de pagamento alternativos.

Nesse sentido, em Portugal, as transferências imediatas lideraram a preferência dos portugueses para os pagamentos online (44,7%), enquanto para compras presenciais o cartão de débito surgiu como o método de pagamento mais utilizado (42,4%). Entre particulares, as transferências imediatas continuam a liderar as preferências dos portugueses (38%), em detrimento do dinheiro vivo (30%), sendo que uma das razões que poderá explicar esta situação é o sucesso do MB WAY, uma solução de pagamentos móveis para pagamentos presenciais e entre particulares.

Em Portugal, a percentagem de população adulta bancarizada é de 92,6% e a percentagem de população adulta internauta é de 84,5%, valores superiores ao verificado no ano anterior de 92,3% e de 82,3%, respetivamente. A utilização de dinheiro vivo está a perder força e, entre os meios de pagamento mais utilizados, o cartão bancário volta a destacar-se e continua no topo da lista de meios de pagamentos: 94,1% dos portugueses tinha cartão de débito, 56,4% tinha cartão de crédito e 32,3% tinha cartões pré-pagos. Em média, isto significa que cada português tinha 1,8 cartão de débito, um cartão de crédito e 0,5 cartão pré-pago.

De acordo com o estudo, 53,4% dos portugueses apenas tem uma conta bancária, enquanto 29,5% tem mais de uma conta, sendo que 17,1% refere ter mais de uma conta bancária e se ter confrontado com um problema no processo.

Num sector cada vez mais preocupado com questões de segurança, os pagamentos sem contacto (“contactless”) com cartões físicos são mais comuns na Europa do que na América Latina. Nesta avaliação, Portugal surge como o terceiro país onde o pagamento por “contactless” é mais elevado (59%), apenas superado pelo Reino Unido (69%) e pela Espanha, que lidera este índice, com 72% da população a optar por esta opção digital para os seus pagamentos.

O relatório reforça ainda o banco como principal prestador de serviços financeiros, mas o “status quo” está a mudar nalguns países da América Latina, com os neobancos a aumentarem a sua presença e a disputarem a hegemonia bancária em países onde já eram muito relevantes, como a Colômbia e o Brasil. Na Europa, Portugal apresenta um comportamento diferenciado em relação aos seus pares e quase um terço da população opera atualmente com um neobanco.

Já a hegemonia do banco como fornecedor de cartões é pouco ameaçada nos cartões de crédito ou de débito, mas é enfraquecida nos cartões pré-pagos. Deste modo, os bancos continuam a ser o fornecedor exclusivo de meios de pagamento (cartões) para mais de dois terços da população europeia, exceto em Portugal, onde os neobancos têm vindo a assumir posições nesta vertical de serviços.

 

Tendências para 2024

O relatório identifica as necessidades para o progresso e crescimento do sector dos pagamentos nos próximos anos. O imediatismo das transferências digitais mais comuns é uma premissa incontornável para o sector e um objetivo de política pública em praticamente todos os países analisados, lançando as bases para a inclusão financeira e a necessária eficiência nas operações.

A segurança, a facilidade de utilização, a gratuitidade e a rapidez são os principais fatores que determinam a escolha de um meio de pagamento, segundo a Minsait Payments, e o aumento dos riscos e vulnerabilidades é o maior desafio que o sector enfrenta nos próximos cinco anos. O estudo alerta para a necessidade do aumento de fatores como a segurança e salienta a janela de oportunidade para os serviços na Cloud e da aplicação da inteligência artificial na prevenção da fraude.

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