Too Good To Go
in ,

Too Good To Go alerta para impacto do desperdício alimentar no esgotamento de recursos em Portugal

A 28 de maio, Portugal atingiu o Dia da Sobrecarga da Terra, o que significa que o país está a utilizar os recursos naturais previstos para 2025.

Esta data alerta-nos para a urgência de repensar o nosso consumo e gestão de recursos“, afirma a Too Good To Go em comunicado.

Um fator significativo neste contexto é o desperdício alimentar, dado que a produção de alimentos exige uma quantidade considerável de recursos naturais, como água, solo e energia. Em Portugal, desperdiçam-se anualmente 1,8 milhões de toneladas de alimentos, uma prova clara dos recursos que estão a ser desaproveitados.

Para se compreender o impacto ambiental da produção e desperdício alimentar, é vital considerar os recursos utilizados e as emissões de CO2e geradas ao longo do ciclo de vida dos alimentos. Por exemplo, 40% de toda a comida produzida no mundo é desperdiçada, o equivalente a cerca de 2,5 mil milhões de toneladas por ano (WWF, 2021). Este desperdício contribui significativamente para as emissões globais de gases com efeito de estufa, representando 10% do total (WWF, 2024). Além disso, a produção de alimentos que acabam por ser desperdiçados consome mais de um quarto da água doce disponível anualmente (WWF, 2024) e ocupa uma área de terra maior que a da China (WWF, 2024).

Nesse sentido, examinando de perto o processo de produção alimentar, pode-se observar a utilização extensiva de recursos naturais e a emissão de gases poluentes. Por exemplo, a produção de um simples hambúrguer requer uma quantidade significativa de água e energia, estando estimado que sejam necessários cerca de 2.500 litros de água para cada unidade, desde a criação do gado até à preparação final do produto.

 

Impacto ambiental na produção de alimentos

O impacto ambiental da produção de alimentos varia significativamente de acordo com o tipo de alimento. Por exemplo, a carne de vaca tem uma pegada de carbono particularmente alta, emitindo aproximadamente 27 quilogramas de CO2 por quilogramas de carne (Better Meets Reality), e requer cerca de 15.415 litros de água por quilograma (Food Unfolded/CAG).

Da mesma forma, o queijo também tem uma pegada de carbono considerável, emitindo cerca de 13,5 quilogramas de CO2 por quilograma (Better Meets Reality) e utilizando aproximadamente 3.178 litros de água por quilograma (Food Unfolded/CAG). Estes valores destacam a intensiva utilização de recursos na produção de carnes e laticínios. Em Portugal, o consumo de alimentos contribui significativamente para a pegada ecológica, representando cerca de 30% do total.

Cada alimento desperdiçado representa não só a perda de comida, mas também um enorme desperdício de recursos valiosos. “Por isso, é essencial tomarmos medidas para reduzir o desperdício alimentar e promover um consumo responsável, contribuindo assim para a sustentabilidade dos recursos do nosso planeta“, afirma a empresa de impacto social.

Desde o lançamento da aplicação da Too Good To Go, mais de 330 milhões de refeições foram salvas em todo o mundo. Em Portugal, desde 2019, foram salvos quatro milhões dessas refeições através da aplicação, evitando assim a emissão de 10,8 milhões de quilogramas de CO2e, a utilização de 3,24 milhões de metros cúbicos de água e o desperdício de 11,2 milhões de metros de terra.

Maria Tolentino, Country Director da Too Good To Go Portugal, afirma que “o impacto cumulativo das ações individuais é notável. Cada Surprise Bag salvo evita a emissão de 2,7 quilogramas de CO2e, o que equivale às emissões produzidas pelo carregamento de 598 baterias de smartphone. Além disso, cada Surprise Bag evita o uso desnecessário de 810 litros de água, quantidade suficiente para 16 ciclos de máquina de lavar roupa, e poupa 2,8 metros quadrados de terra. Estas pequenas ações, quando somadas, fazem uma enorme diferença na preservação dos nossos recursos naturais e contribuem para adiar o Dia da Sobrecarga da Terra, ajudando a equilibrar a nossa utilização dos recursos do planeta“.

Siga-nos no:

Google News logo

marcas mais valiosas

EDP é a marca portuguesa mais valiosa em 2024

inteligência artificial

Utilização de inteligência artificial no trabalho dispara 23%