Oiça este artigo aqui:
As redes sociais consolidaram-se como o novo motor de vendas para o sector da beleza, com destaque para o TikTok. De acordo com o mais recente relatório da Euromonitor International, as vendas de produtos de beleza por via das redes sociais cresceram 22% em 2024, impulsionadas pelas funcionalidades de comércio social, tutoriais ao vivo e conteúdo gerado por utilizadores.
A TikTok Shop (TTS), lançada em setembro de 2023 com 11 categorias de produtos, viu os artigos de beleza e cuidados pessoais liderarem as vendas nos Estados Unidos, representando cerca de 6% da faturação da plataforma naquele mercado.
Segundo Bob Hoyler, responsável global de insights para o retalho na Euromonitor, a criação de conteúdo está agora no centro das estratégias de marca. “As empresas estão a usar estas plataformas para branding, publicidade e conversão direta, substituindo os motores de busca tradicionais como canal de descoberta”.
Tendências
O fenómeno dos dupes (alternativas mais acessíveis a produtos premium) continua a ganhar tração, especialmente nas categorias de cosmética de cor e cuidados de pele. O consumidor procura cada vez mais transparência nos ingredientes e é fortemente influenciado por reviews, dermatologistas e influenciadores digitais.
A tendência K-Beauty também não abranda. O hashtag #Kbeauty foi usado em 7,7 milhões de posts no Instagram e 1,4 milhões no TikTok em 2024. A marca coreana COSRX, conhecida pelo seu Snail Mucin Serum, canalizou 72% das suas vendas online nos Estados Unidos via Amazon.
Para além das marcas tradicionais, também as digitally native brands estão a capitalizar esta dinâmica, moldando novas tendências e elevando a fasquia da personalização. Vídeos compráveis e tutoriais interativos em tempo real tornam a experiência de compra mais fluida e envolvente, permitindo comprar diretamente enquanto se aprende a aplicar o produto.
De acordo com o inquérito “Voice of the Consumer: Beauty Survey 2024”, 36% dos consumidores globais afirma aumentar os gastos com saúde e bem-estar, num claro sinal de que o digital não só vende, como educa e transforma os hábitos de consumo.
Siga-nos no:
