A InPost, empresa tecnológica especializada em entregas não domiciliárias, compilou o que considera serem as quatro tendências mais relevantes para o sector da logística em 2025.
São mudanças profundas que, por vezes, vêm de longe, mas que marcam o futuro de um sector que já representava, antes da pandemia, 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) português.
A cloud como um ecossistema
A computação na cloud tornou-se o epicentro do desenvolvimento digital em qualquer sector. A migração progressiva das operações em dispositivos locais para a integração de todas as operações comerciais em ambientes de cloud tornou-se uma etapa fundamental de uma evolução digital que deve responder a desafios como os ambientes de trabalho à distância, a presença crescente de sensores que recolhem dados suscetíveis de análise e utilização comercial ou a necessidade de reforçar a cibersegurança para fazer face às ameaças sofisticadas que colocam em risco as empresas e os seus clientes e utilizadores.
Nesse sentido, o sector da logística, que trabalha com um grande número de veículos de entrega, pacotes que devem ser geolocalizados, funcionários de diferentes níveis dentro da empresa, fornecedores, parceiros e clientes, deve necessariamente adotar ambientes em cloud para centralizar as suas operações e facilitar uma atividade que exige eficiência, rapidez de resposta e versatilidade. Isto permite às empresas responder às necessidades de serviço em tempo real e sem ter de redimensionar ou modificar as suas capacidades de hardware, oferecendo maior eficiência e segurança.
Inteligência artificial na logística
A inteligência artificial (IA) é agora uma realidade omnipresente e o sector da logística pode tirar partido desta tecnologia para se capacitar e servir melhor os seus clientes. A InPost descobriu, com base no seu próprio caso de utilização, que a IA pode ajudar a conceber rotas de entrega mais eficientes de forma automatizada, resultando em consideráveis poupanças de custos e, paralelamente, num melhor serviço, reduzindo o número de viagens necessárias e otimizando os recursos disponíveis.
Para além disso, a IA tem o potencial de melhorar os processos de integração de diferentes plataformas, fontes de informação e tecnologias no âmbito de uma estratégia de ecossistema em cloud, o que permitirá às empresas de logística avançar com a sua transformação digital através da combinação de tecnologias líderes como a cloud e a IA.
Advento dos “gémeos digitais”
Os chamados “gémeos digitais” (“digital twins”) são uma tendência no mundo da tecnologia que está a chegar às empresas, devido à sua capacidade de implementar novas aplicações e de conceber as empresas do futuro.
Um gémeo digital é uma réplica digitalizada de uma realidade presente no mundo físico. No caso de uma empresa, o seu gémeo digital seria a replicação de todos os componentes dessa empresa numa recriação virtual interativa. Desta forma, as empresas podem fazer alterações, ajustes, testes e avaliações na réplica digital para ver o impacto que teriam nas suas operações e negócios se fossem efetivamente implementadas. Para além de representar uma considerável poupança de custos, reduz a probabilidade de se cometerem erros e permite a realização de novos testes e desenvolvimentos sem paralisar ou dificultar as operações do dia-a-dia da empresa, que não serão afetadas pelo trabalho realizado neste tipo de ambiente de teste.
No entanto, um gémeo digital não serve apenas para testes, mas também para dar uma visão geral da empresa num ambiente virtual, para que as suas operações possam ser acompanhadas em tempo real e até automatizar ajustes, alertas e o rastreio total das operações. Na logística, por exemplo, um gémeo digital traria para um ambiente virtual todas as operações da empresa em tempo real, mostrando onde se encontra cada encomenda ou qual o estado de cada veículo de entrega, para que o negócio possa ser mais bem controlado e se abra a porta à deteção de falhas ou incidentes para uma melhor e mais rápida solução.
O desafio da última milha
O sector da logística continua a procurar formas inovadoras de ultrapassar os desafios da chamada última milha, que é a fase final do processo de entrega de encomendas. Nesse sentido, o modelo de entregas não domiciliárias adotado pela InPost “resolve muitos destes desafios, uma vez que a sua rede híbrida de Pontos Pack (sobretudo situados em lojas de proximidade) e Lockers (cacifos inteligentes) permite uma gestão mais eficiente da entrega ao utilizador final, contribuindo também para colaborar com o comércio local no apoio aos seus negócios, ao mesmo tempo que continua a sustentar o comércio online”.
Apesar disso, as empresas do sector da logística continuam a trabalhar para tornar estes procedimentos de entrega de última milha ainda mais eficientes e sustentáveis. Os próximos anos serão fundamentais para melhorar ainda mais uma fase crítica da logística e dos transportes, graças a uma combinação de diferentes abordagens e tecnologias.