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Subida do IVA leva portugueses a correr aos ares condicionados

Procura dispara mais de 400% antes da entrada em vigor da nova taxa, com preços a subir até 48 euros

ares condicionados

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A entrada em vigor da nova taxa de IVA de 23% sobre equipamentos de climatização provocou uma verdadeira corrida aos ares condicionados, numa altura em que as temperaturas elevadas já vinham a pressionar o mercado. A medida, que entrou em vigor a 1 de julho, substituiu a anterior taxa reduzida de 6%, tornando os equipamentos não só mais caros, mas também mais procurados.

Segundo dados do KuantoKusta, comparador de preços e marketplace, a semana que antecedeu a alteração fiscal — de 26 de junho a 3 de julho — registou um aumento explosivo na procura destes equipamentos. Em comparação com a semana anterior (19 a 25 de junho), as pesquisas por modelos portáteis de ar condicionado subiram 407%, enquanto nos modelos fixos o crescimento foi de 298%. No total, os equipamentos de climatização, categoria que inclui também ventoinhas, viram a procura aumentar 227% nesse período.

 

Período homólogo

Em termos homólogos, o aumento é ainda mais expressivo: face ao mesmo período de 2024, a procura por ares condicionados portáteis disparou 440%, enquanto os modelos fixos registaram um crescimento de 286%.

Liliana Azevedo, diretora de marketing do KuantoKusta, explica que “assistimos a uma aceleração muito significativa da procura na semana que antecedeu a subida do IVA destes artigos. O calor que se fez sentir durante o mês de junho também contribuiu para que os consumidores não hesitassem e antecipassem a compra de equipamentos”.

 

Nova taxa em vigor

Mesmo após a entrada em vigor da nova taxa, o interesse dos consumidores manteve-se elevado. Entre 1 e 8 de julho, as visitas à categoria de climatização no KuantoKusta aumentaram 57,06% face aos sete dias anteriores (24 a 30 de junho). Os modelos portáteis voltaram a destacar-se, com um crescimento de 68% na procura, reflexo das elevadas temperaturas e da urgência em encontrar soluções para o calor.

No que diz respeito aos preços, a subida do IVA fez-se sentir de forma mais acentuada nos modelos fixos. Entre as semanas de 24 a 30 de junho e 1 a 8 de julho, o preço médio dos dez modelos mais populares passou de 369,06 euros para 416,80 euros, uma diferença de 47,74 euros. Apenas dois dos produtos analisados registaram uma ligeira descida de preço. Já nos modelos portáteis, o incremento foi mais modesto, com um aumento médio de 12,36 euros, sendo a descida de preços ainda mais rara — só um produto do top 10 viu o preço baixar.

Liliana Azevedo sublinha que “a conjugação entre a carga fiscal mais elevada e o aumento da procura numa altura crítica do verão, com vagas de calor muito intenso, deverá continuar a pressionar os preços. Além disso, muitos consumidores anteciparam as suas compras, o que poderá ter implicações nas vendas nas próximas semanas”.

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