A Renova entrou no mercado chinês com a inauguração de duas lojas nas plataformas de comércio Tmall Global (Alibaba) e Jing Dong Worldwide (JD.com).
“A abertura destas duas lojas virtuais é o primeiro passo da nova estratégia para a China, posicionando a marca num segmento premium de alta qualidade”, pode ler-se no comunicado.
A oferta contempla desde o papel higiénico perfumado e às cores, incluindo o icónico preto, mas também lenços de papel e guardanapos coloridos. A marca explica que o trabalho de design e comunicação são “exclusivos para corresponder ao gosto exigente dos chineses, bem como surpreender as expectativas através da irreverência, cor e diferenciação”.
China e México
A entrada nestas plataformas insere-se na estratégia de globalização da marca que, nos próximos cinco anos, pretende abrir novos mercados, a par do reforço nos 70 onde está já presente. Em entrevista ao Expresso, Paulo Pereira da Silva, CEO da Renova, adianta que, para além da China, a empresa portuguesa está também de olho no México. “As duas prioridades neste momento – que são os mercados que estamos a atacar da mesma forma como quando decidimos ir para França ou para Espanha – são a China e o México. Na China, a estratégia é quase inteiramente digital, enquanto no México poderá haver alguma produção local, não feita por nós, mas por alguém para nós”.
Esta estratégia será uma novidade para a Renova, onde todo o desenvolvimento é baseado na marca. “O que vendemos é a nossa marca”.
Paulo Pereira da Silva não esconde a ambição de que a Renova fosse cada vez mais a marca premium na área do papel higiénico no mundo inteiro. “Não é ser a maior empresa e estar a vender toneladas de papel. Isto começa-se como estamos a fazer na China, posicionando a marca num segmento muito premium, caro, um produto europeu no sentido como é visto na América ou na China, de qualidade e de confiança, com história. No México, arrancámos em cadeias de distribuição de topo. Quando a marca já começar a ter alguma notoriedade, nós já podemos descer um degrau e esse degrau é passar para uma coisa um bocadinho mais volumosa, já não só o papel preto ou vermelho”, detalha.
A partir do México, a Renova almeja chegar aos Estados Unidos da América.
60% das vendas fora de Portugal
Espanha, França, Bélgica e Luxemburgo são os mercados mais importantes para a empresa de Torres Novas. “O Reino Unido tem crescido muito e há também os países bálticos, a Alemanha e a Suíça”, avança ainda o CEO. As vendas internacionais pesam 60% na faturação da Renova e têm vindo a crescer.